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Bispos Querem Falar Português em Roma
2001-09-26 14:15:09

Os bispos lusófonos querem que o português seja considerada uma língua oficial de trabalho no próximo Sínodo dos Bispos, que decorre durante o mês de Outubro em Roma. O pedido foi feito em carta enviada ao cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, pelos presidentes das conferências episcopais portuguesa, brasileira, angolana e moçambicana.



A missiva surge na sequência do III Encontro das Conferências Episcopais dos Países Lusófonos, que decorreu em Brasília, durante a semana passada. Os delegados presentes na capital brasileira manifestam "o seu desejo de que a língua portuguesa seja considerada como língua de trabalho" do Sínodo dos Bispos, apelando ao cardeal Sodano que desenvolva "as diligências necessárias para que este desejo possa ser atendido".

Na missiva, os bispos argumentam com o peso do catolicismo nos respectivos países: "A Igreja Católica que se exprime em língua portuguesa está presente em oito países, com mais de 300 dioceses, 700 bispos e cerca de 150 milhões de cristãos, sendo um profético sinal da presença de Deus entre os homens pela sua permanência junto das populações, pela prática da caridade e pela frontalidade da denúncia e da luta pela justiça e pela paz, mesmo em situações de extrema miséria, repressão ou guerra."

A carta é assinada, em nome dos delegados ao encontro, pelos respectivos presidentes: José Policarpo (Portugal), Zacarias Kamwenho (Angola), Jayme Henrique Chemello (Brasil) e Francisco João Silota (Moçambique). Os bispos dos restantes países lusófonos - Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Lorosae - não estiveram presentes por impossibilidades de agenda.

No texto da carta, enviada também aos cardeais Giovanni Battista Re, da Congregação dos Bispos, e Jan Pieter Schotte, dos Serviços Centrais do Trabalho da Sé Apostólica, os bispos invocam ainda o peso da história e a diversidade que representam: "Estas Igrejas locais, experimentado inúmeras realidades sociais e eclesiais, perceberam a necessidade de aprofundar o mútuo conhecimento, reflectir em conjunto e promover a cooperação fraterna entre todos. Objectivos que nos congratulamos por ter vivido nestes dias de trabalho e que dão continuidade ao esforço de evangelização, iniciado há 500 anos, e que agora assume novas formas e modalidades."

Fonte Público

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