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Morreu o cardeal Carlo Martini, que defendia uma Igreja mais compreensiva e aberta ao mundo
2012-08-31 23:46:30

Ao final da manhã, chegara a notícia de que o seu estado de saúde piorara, à tarde foi anunciada a sua morte: o cardeal Carlo Maria Martini (85 anos), ex-arcebispo de Milão, eminente intelectual e especialista da Bíblia, que durante anos foi apontado como um dos nomes fortes para ser eleito Papa e suceder a João Paulo II, morreu hoje em Milão. A notícia, conta a AFP, foi dada pelo actual arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola.

Martini, que defendia uma atitude da Igreja mais aberta e compreensiva do mundo contemporâneo, é autor de dezenas de livros e textos, traduzidos em muitas línguas (vários deles em português). Um deles, Em Que Crê Quem Não Crê (ed. Gráfica de Coimbra), é um diálogo com o filósofo Umberto Eco.

Apesar de sempre ter sido crítico de várias posições oficiais da Igreja, Martini era muito respeitado na instituição católica. A sua inteligência e brilhantismo, a que aliava um modo subtil de manifestar as suas posições, não seriam estranhos a esse respeito. Quer João Paulo II, que o nomeou para Milão em 1980, quer o actual Papa, com quem se encontrou em Junho, sempre confessaram a sua admiração pelo cardeal.

A Rádio Vaticana, conta a agência Ecclesia, recordou esse último encontro entre o Papa e o seu “amigo jesuíta” – Martini integrava esta ordem. O cardeal admitiu nessa altura que se vive “um momento muito difícil para a Igreja”.

Fonte Público

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