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Cardeal-patriarca de Lisboa surpreendido com eleição
2011-05-04 09:34:07

O recém-eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o cardeal-patriarca de Lisboa, disse hoje que "não estava à espera" da eleição, que aceitou pela "disponibilidade para servir".

O cardeal-patriarca acrescentou: "Não quero de maneira nenhuma que a aceitação de um mandato de três anos como presidente possa ser interpretado como qualquer pressão para prolongar o meu mandato como patriarca de Lisboa".

Segundo José Policarpo, "isso ficou muito claro", referindo a presença na reunião magna do episcopado português do Núncio Apostólico em Portugal que "não viu dificuldade" que "aceitasse a eleição".

"E aceitei na medida em que o meu princípio foi sempre a disponibilidade para servir", adiantou o cardeal, que admitiu: "O mais que pode acontecer é que a Santa Sé se sinta livre para me dispensar do Patriarcado de Lisboa quando quiser e a conferência terá que eleger outro presidente nessa altura".

Aos jornalistas, afirmou que "Portugal está a viver um momento muito próprio" mas a Igreja tem que "ter muito claro qual é o género de intervenção".

"Não cairmos na tentação de fazermos intervenções no campo estritamente político ou estritamente partidário, que não é nossa função em nome da natureza do nosso ministério", declarou, reconhecendo que há uma intervenção da Igreja na "pré-política", ou seja, "em sentido alargado que é, no fundo, ajudar a esclarecer as pessoas dos valores".

A este propósito recordou que a Doutrina da Igreja sobre a sociedade "é um vasto monumento em que "praticamente quase todas as questões que estão agora em cima da mesa em Portugal estão lá contempladas".

"Há uma vasta informação na Doutrina Social da Igreja e aí sim não podemos esperar que seja o Governo a dizê-la", acrescentou.

Questionado sobre os desafios que vai enfrentar, o cardeal-patriarca afirmou que "neste momento há uma reflexão a fazer que é do ângulo específico da intervenção da Conferência Episcopal na vida da Igreja".

"Sem relativizar aquilo que é essencial, que é a autonomia de iniciativa e responsabilidade pastoral das dioceses e dos bispos diocesanos, nós em conjunto só nos podemos ajudar uns aos outros", acrescentou.

O cardeal-patriarca de Lisboa foi hoje eleito no decurso da 177.ª Assembleia Plenária da CEP para o triénio 2011-2014. O lugar de vice-presidente da CEP é ocupado pelo bispo do Porto, Manuel Clemente, e no secretariado mantém-se o padre Manuel Morujão.

Para os restantes lugares do Conselho Permanente da CEP foram eleitos o arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, o bispo do Algarve, Manuel Quintas, e o bispo de Aveiro, António Francisco dos Santos, mantendo-se o prelado Gilberto Reis, de Setúbal.

Fonte DN

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