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Honra à Senhora das Dores ao som de 2001 bombos
2001-08-15 21:28:02

As festas em honra de Nossa Senhora das Dores, reza a tradição, são organizadas, de forma cíclica, pelos dez lugares da freguesia de S. Martinho do Bougado. Este ano, a comissão volta a ser integrada por 70 homens de Paranho que, há dez anos, já haviam conseguido a presença de mais de 400 Zés P'reiras e que este ano se propõem ultrapassar os dois mil bombos.


A ideia até parece ter inspirado a organização do Porto 2001, Capital da Cultura, com a concentração de gaiteiros. Júlio Maia, da organização das festas trofenses, garante que a ideia dos 2001 bombos tem dez anos de maturação e que os portuenses é que devem ter encontrado ali inspiração. Desde então, foram estabelecidos contactos com grupos de Zés P'reiras de todo o país e estão assegurados os grupos necessários para atingir a fasquia proposta.
A concentração está marcada para as 9 horas de hoje, seguindo-se o desfile às 15.30 horas, pelas principais artérias da Trofa.
Com 235 anos de festejos, a romaria em honra de Nossa Senhora das Dores apresenta esta novidade no cardápio, mas as atracções próprias de qualquer romaria do Norte estão presentes, como as bandas de música e os fogo-de-artifício.

Angariação
Para ajudar na organização de tão grandiosas festas constituiu-se, este ano, uma comissão complementar, constituída por 40 senhoras do lugar de Paranho que, com leilões e bancas de venda de petiscos e doces, ajudam à angariação de fundos que se diluem no bolo global que suporta as despesas.
«São festas muito caras que só com a colaboração de todos e o apoio da Comissão Instaladora e da Junta de Freguesia podem manter este cartaz de topo», assegura Júlio Maia.
Também elemento da comissão organizadora, Serafim Ferreira destaca a rotatividade que caracteriza a organização do evento. «São festas que se realizam pela carolice e como cada comissão organiza de dez em dez anos, permite ganhar fôlego», afirma.

Andores gigantes
Também na Trofa (tal como na Senhora da Aparecida), os andores de grande porte figuram como atracção. «São os maiores do país, com 14 metros de comprimento por seis de largura. São necessários 25 homens para os transportar», destaca Júlio Maia.
Há 40 anos, Júlio Maia integrou, pela primeira vez, a comissão organizadora das festas. Para este industrial da Trofa, «dentro de dez anos será difícil voltar a marcar presença na organização, mas a continuidade é assegurada pelos nossos filhos», lembra, defendendo a continuidade do modelo organizativo.
Como é característica vincada na personalidade dos trofenses, o bairrismo vem à baila quando se questiona sobre os prós e os contras da separação do município de Santo Tirso. «No caso das festas implicou muito para melhor. A autarquia colabora com uma verba maior. Só num ano dá o que Santo Tirso dava em dez anos. Para a comissão de festas foi fantástico», asseguram Júlio Maia e Serafim Ferreira.
Terra de passagem obrigatória, a Trofa espera milhares de forasteiros, devotos à Senhora das Dores e às boas tradições locais.

Fonte JN

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