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Teatro da Cornucópia estreia «Morte de Judas», de Paul Claudel
2011-03-18 12:36:09

O Teatro da Cornucópia vai estrear a 24 de Março a peça «A Morte de Judas», de Paul Claudel, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.

“Ao lado da cruz, imagem simbólica de uma História feita à luz da ideia de um Deus que se fez carne, num curto monólogo, Claudel mostra outro dos mortos daquela Páscoa, mostra outro madeiro, a figueira, onde Judas, o Apóstolo para sempre associado ao Mal, à Traição e ao Demónio, depois de trair Cristo, se enforcou”, pode ler-se, na apresentação da peça.

O espectáculo integra a leitura dos capítulos 26 e 27 do Evangelho segundo São Mateus e procura, segundo a organização, apresentar “uma reflexão sobre a relação do Homem com o Deus do Cristianismo”.

O espectáculo de Cristina Reis, Dinarte Branco (Judas) e Luis Miguel Cintra (voz) parte da tradução de Regina Guimarães.

“Apesar de se tratar de um espectáculo para qualquer público, julgamos que tem especial interesse para um público católico e para quem assume responsabilidades dentro da Igreja”, assinalam os responsáveis do Teatro, em comunicado enviado ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC).

“Sem que propositadamente para isso fosse preparado, não podia ser criado em melhor momento que o tempo litúrgico da Quaresma e ao mesmo tempo que o Papa publica novo livro sobre Jesus”, acrescentam.

Os espectáculos, com a duração de 55 minutos, realizam-se nos dias 24, 25, 26, 27 e 31 de Março e 1, 2 e 3 de Abril, de quinta-feira a sábado às 21h30, e ao domingo às 16h00, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.

O novo livro de Bento XVI, «Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição», classifica o discípulo Judas como um “traidor”.

Citando o evangelista João, o actual Papa diz que “aquilo que aconteceu a Judas já não é explicável psicologicamente”.

Joseph Ratzinger opta por sublinhar as opções tomadas pelo discípulo e frisa a carga simbólica que teve a saída da sala onde decorria a ceia, antes da prisão e morte de Jesus, observando que Judas “vai para fora num sentido mais profundo: entra na noite, vai-se embora da luz para a escuridão”.

“O «poder das trevas» apoderou-se dele”, conclui.

Várias teorias sobre a acção deste discípulo têm surgido, ao longo da história, procurando ilibá-lo do seu comportamento ou mesmo inserir o seu gesto de traição no «plano» de Deus.

SNPC/OC

Fonte Ecclesia

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