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Falta apoio jurídico aos novos imigrantes
2001-08-14 14:03:47

O presidente da Comissão Episcopal de Migrações e Turismo, D. Januário Torgal Ferreira, denunciou, ontem, em Fátima que «muita gente tem sido espoliada em Portugal por gente da língua do país de onde vêm», apelando a que se revitalize o Secretariado Diocesano das Migrações, «com centros concretos de acolhimento, com apoios jurídicos e sociais».


Uma das medidas, defendeu, seria a ajuda de intérpretes e tradutores porque «muita gente não quer, sobretudo que os oriundos dos países de Leste, aprendam a falar português» porque «são defensores de "menos cultura para o povo para melhor os podermos explorar"».

Quadro negro
E D. Januário Torgal traçou um retrato da situação pela qual passam os imigrantes em Portugal: «Vendem-se contratos de trabalho», jovens oriundas sobretudo de países de Leste «são escravas de novos processos de prostituição», a família «é separada e não pode viver em conjunto», «estrangeiros exploram irmãos da sua raça», «há roubos de crianças» e «não se paga o justo salário», denunciou, considerando tratar-se de «uma nova história que não é trágico-marítima, mas é uma imigração sinuosa e explorada em alguns sectores em Portugal».
O bispo, que presidiu às cerimónias da peregrinação aniversária de Agosto, apelou ainda a que se promova «o diálogo inter-religioso, dadas as tensões que já começaram a existir entre expressões religiosas divergentes em Portugal».
E, aos milhares de peregrinos que se reuniram no Santuário, pediu para que coloquem «este problema aos vossos familiares, ao vosso pároco, ao vosso bispo e aos partidos por quem votais».

Peregrinação «anormal»
A reduzida afluência de peregrinos às celebrações, cujo número esteve longe de atingir as cerca de 300 mil pessoas que, nesta altura do ano, ali costumam acorrer, levou o comandante distrital de Santarém da PSP, Levy Correia, a classificar esta como «uma peregrinação incaracterística e anormal». Ao contrário dos últimos anos, apenas os parques de estacionamento a norte do Santuário esgotaram a capacidade. Os localizados a sul, referiu aquele responsável, «estiveram a cerca de 50%».
Para Levy Correia a explicação pode ser uma questão de consciência. «Provavelmente, as pessoas já se habituaram a que, se vierem cedo ou em diferentes dias, terão outro tipo de atendimento», considerou.
O dispositivo policial, constituído por cerca de 120 agentes, «funcionou perfeitamente», segundo aquele responsável. À excepção do passado domingo de manhã, em que se verificaram alguns congestionamentos à entrada da cidade, na zona das portagens, o trânsito «fluiu sempre com normalidade e sem acidentes».
A PSP deteve ainda quatro suspeitos do furto de carteiras, na noite de domingo. Quanto a pessoas perdidas, foram registados apenas três casos.

Fonte JN

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