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Papa compara defesa da heterossexualidade à protecção das florestas tropicais
2008-12-22 23:55:39

O Papa Bento XVI indicou hoje que salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição. “[A Igreja] deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo. É preciso uma espécie de ecologia do Homem”, disse o Sumo Pontífice num discurso perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.

“As florestas tropicais merecem a nossa protecção. Mas o homem, enquanto criatura, também a merece”.

Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no. O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.

O Papa disse ainda que a humanidade precisa de “escutar a linguagem da Criação” para entender os papéis do homem e da mulher e comparou as relações diferentes das heterossexuais como “a destruição do trabalho de Deus”.

“Aqui trata-se da fé no Criador e da escuta da linguagem da Criação, cujo desprezo significaria uma autodestruição do homem e, portanto, da própria obra de Deus”, alertou o Papa.

O Papa chamou ainda a atenção para a “nossa responsabilidade para com a Terra”, frisando que a mesma “não é uma propriedade nossa que podemos explorar segundo os nosso interesses e desejos”, indica a agência Ecclesia.

Papa demarca-se do estatuto de “estrela rock”

No mesmo discurso, um dos mais importantes do ano religioso, o Papa aproveitou ainda para se demarcar da imagem de “estrela rock” que se colou à pele do seu antecessor, João Paulo II, durante as Jornadas Mundiais da Juventude.

O Papa evocou “as análises em voga” que “tendem a considerar essas jornadas como uma variante da cultura jovem moderna, como uma espécie de festival rock modificado, num sentido eclesiástico, com o Papa como estrela”.

As aparições do Papa João Paulo II, que morreu em 2005, nessas Jornadas suscitavam um entusiasmo próximo da histeria. O Papa polaco, que cultivava os contactos directos com as multidões, nunca combateu o fenómeno de adulação que causava alguma indisposição no seio da Igreja Católica.

Bento XVI admitiu, porém, que há vozes católicas que vêm nestas iniciativas um “grande espectáculo, belo, mas de pouco significado para a questão sobre a fé e a presença do Evangelho no nosso tempo”.

“Seriam momentos de um êxtase festivo, que no fim de contas, contudo, deixariam tudo como dantes, sem influênciar de forma profunda a vida”, indicou.

Fonte Público

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