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Papa aponta culpas a nações sem fé
2008-10-11 23:10:18

O Papa afirmou ontem que as tentativas para "varrer Deus" levam à arrogância do poder, egoísmo, injustiça, exploração e violência. Bento XVI dirigia-se em Roma a uma assembleia de bispos idos de todo o Mundo.

Muitas nações estão a perder a sua identidade e a cultura moderna está tão desprovida de fé que há pessoas a afirmar que Deus está "morto". Esta a interpretação da actualidade religiosa feita pelo Papa, ontem, na homilia dedicada à abertura do sínodo que vai reunir ao longo de um mês 253 bispos e cardeais da Igreja Católica.

Bento XVI traçou um quadro sombrio da perda de influência do catolicismo na Europa e evocou a "expiação" que Deus impôs às comunidades cristãs rebeldes ou incoerentes. "Nações antes ricas de fé e vocações estão agora a perder a sua identidade própria, sob a influência deletéria e destrutiva de certa cultura moderna", afirmou o Papa. Contudo, fez notar, "apesar de em certas regiões a fé enfraquecer até à extinção, haverá sempre outros povos a abraçá-la".

O chefe da Igreja Católica acrescentou que "o mal e a morte nem sempre têm a última palavra".

O tema deste sínodo centra-se na forma como o mundo recebe "a palavra de Deus" através da Bíblia. O documento preparatório evoca os problemas do fundamentalismo cristão, as relações entre religião e ciência e o diálogo com o judaísmo, bem como o aumento da indiferença religiosa.

Numa iniciativa inédita, a televisão pública italiana, RAI, decidiu acompanhar o sínodo com a leitura pública integral da Bíblia por membros do clero, artistas, políticos ou anónimos, que se vão suceder frente às câmaras ao longo desta semana. Bento XVI gravou a sua prestação, tendo escolhido as primeiras páginas do Génesis.

Pela primeira vez, um representante do judaísmo (o grande Rabino de Haifa, Israel) usará da palavra perante o sínodo, para expor a visão judaica dos textos bíblicos. Nesta cimeira dos bispos católicos participam também, a título de especialistas ou auditoras, 25 mulheres laicas e religiosas.

Fonte JN

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