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D. Januário Torgal Ferreira concorda com Lei do Divórcio
2008-07-09 22:26:06

Torgal Ferreira diz que não se deve "adensar uma forma prisional, um cárcere". "Acho isso horrível", acrescenta
a D. Januário Torgal Ferreira mostrou-se ontem satisfeito com a Lei do Divórcio, aprovada na semana passada no Parlamento, ao arrepio, mais uma vez, da posição oficial da Igreja Católica.


"Eu sempre desejei que houvesse uma lei que, respeitando os direitos dos dois, evitasse martírios", afirmou o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, aos microfones do Rádio Clube Português (RCP).
Em seu entender, a Igreja devia inclusive reconhecer o fim do casamento. "Há rupturas afectivas que, enfim, nunca mais terão um reacender da fogueira. Para quê as pessoas estarem a martirizar-se? A Igreja devia dizer isso", defendeu. "O estar a adensar uma forma prisional, um cárcere, eu acho isso horrível", acrescentou, afirmando concordar "não com a ligeireza, mas com o aligeiramento das tensões entre um homem e uma mulher".
Já D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e arcebispo de Braga, considera que "a nova Lei do Divórcio é individualista e facilitista". "Com todas as facilidades de acesso ao divórcio que existem hoje, é muito fácil as pessoas separarem-se", afirmou também ao Rádio Clube Português. Ao invés, o arcebispo de Braga defende novos mecanismos de apoio à família.
Recorde-se que a Igreja Católica não reconhece o divórcio entre pessoas casadas sob a sua alçada.
A Lei do Divórcio, da iniciativa do grupo parlamentar do PS, foi aprovada na sexta-feira passada no Parlamento, com a oposição do PSD (excepto quatro deputados) e do CDS-PP.
E representa uma alteração significativa no regime, já que consagra o fim do divórcio litigioso, que é substituído pelo divórcio sem consentimento de um dos cônjuges. E reduz o prazo da separação de facto como fundamento da ruptura do casamento para um ano.

Fonte JN

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