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Pároco de Aguiar da Beira tem salário em atraso
2008-06-23 22:49:26

O pároco de Aguiar da Beira não recebeu o salário de Maio, no valor de 675 euros, e corre o risco de ficar sem o de Junho. A Comissão Fabriqueira não tem dinheiro. E discorda que o padre queira doar o Centro Social, principal fonte de receitas.

A Comissão Fabriqueira de Aguiar da Beira (CFAB) está à beira da falência. Em Maio não conseguiu juntar 675 euros para pagar o ordenado ao pároco. E vai avisando que em Junho poderá acontecer o mesmo. A crise financeira instalada agrava-se à medida que vão diminuindo as receitas das missas e esmolas. E tenderá a agudizar-se, avisam os seus membros, se o pároco, José Fernando Pinto, "insistir" em doar à Santa Casa da Misericórdia de Aguiar da Beira o Centro Social e Paroquial Padre José Augusto da Fonseca.
"O arrendamento do espaço, onde funciona um centro de dia, creche e actividades de tempos livres, permite-nos arrecadar 625 euros por mês. Se ficarmos definitivamente privados daquela receita - neste momento está a ser investida em obras no edifício determinadas pela Segurança Social-, nunca mais teremos condições para honrar os nossos compromissos", diz a CFAB.
A proposta de doar o centro social à Misericórdia de Aguiar da Beira foi apresentada, a meio da semana passada, pelo pároco José Fernando Pinto.
"Foi a votos e saiu derrotada. Em seis elementos, a única pessoa que concordou em ceder aquele edifício foi o próprio padre, que é também presidente do centro social. Alega que o voto dele é que vale, e que o nosso papel é meramente consultivo", condenam.
A polémica surge poucos meses depois de o anterior pároco de Aguiar da Beira ter sido transferido para outra paróquia por alegado desvio de bens da Igreja. Em Março, após um "rigoroso" inquérito, o bispo da diocese anunciou que o sacerdote, Carlos Sousa, teria de devolver à paróquia cerca de cinco mil euros e alguns móveis da residência paroquial.
"Já estamos em finais de Junho e ainda não entregou nada", criticam os elementos da CFAB, que dizem ter sido a partir daí que começaram as dificuldades de tesouraria.
"As dádivas estão a diminuir. Havia domingos em que recebíamos 300 euros. Agora dificilmente chegam aos 40. Há muita gente desgostosa que está a deixar de ir à eucaristia", lamenta a comissão fabriqueira.
A mesma organização admite que apesar do padre estar com o salário em atraso, a sua situação não é preocupante. "Tem casa de graça e mais de 200 euros por mês de cada uma das outras cinco paróquias. Além de outras receitas, uma em cada três missas reverte integralmente a seu favor".
O JN tentou mas não conseguiu falar com o pároco José Pinto.

Fonte JN

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