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"Ministro" da Cultura do Vaticano está em Portugal
2008-06-20 19:37:54

O presidente do Conselho Pontifício da Cultura do Vaticano, arcebispo Gianfranco Ravasi, está hoje e amanhã em Portugal, para participar nas jornadas do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), que amanhã decorrem em Fátima.

Ravasi, que é teólogo, fará também hoje uma conferência em Lisboa, sobre A Bíblia, grande código da cultura ocidental. Será às 18h00, na Universidade Católica. Antes, o "ministro" do Vaticano para a Cultura participa também na sessão de encerramento do primeiro Conselho Nacional para os Bens Culturais da Igreja, criado para definir estratégias de acção sobre as diferentes áreas do património cultural e religioso.
Nas jornadas de amanhã, em Fátima, Ravasi preside à entrega do Prémio Padre Manuel Antunes a Maria Helena da Rocha Pereira, nome de referência nos Estudos Clássicos em Portugal.
Nas jornadas, subordinadas ao tema Portugal, de novo, será apresentado ainda o documento Do tempo livre à libertação do tempo. O texto sintetiza a reflexão do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, dirigido pelo padre e biblista José Tolentino Mendonça, "sobre o modo como os tempos livres são vividos e sobre critérios para a sua humanização". Uma mesa-redonda entre D. Manuel Clemente, bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, e o historiador Rui Ramos constitui outro ponto importante do programa.
Na reunião do Conselho Nacional para os Bens Culturais da Igreja, iniciada ontem no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, participam especialistas portugueses e espanhóis. No encerramento, participam ainda o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, e o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. O problema dos arquivos da Igreja é uma prioridade do debate, mas os especialistas avaliarão também o que tem sido feito na preservação do património cultural e religioso.
O director do Secretariado dos Bens Culturais da Igreja, João Soalheiro, admitiu à agência Ecclesia que "não há capacidade financeira para intervir, de forma adequada, na área patrimonial: neste momento, nenhuma diocese está em condições financeiras de intervir no seu património com a qualidade e a competência desejadas". Mas acrescenta que um objectivo a curto prazo é permitir o acesso público a arquivos eclesiásticos - existem pelo menos 500 quilómetros de arquivos.
Em Fátima, terminam hoje as jornadas de estudo dos bispos. A Conferência Episcopal esteve a aprender estratégia, liderança e gestão de recursos financeiros e patrimoniais. Mas os bispos também querem que haja mais responsabilidades assumidas pelos leigos na gestão das paróquias e de outras estruturas eclesiais, para que os padres se dediquem mais à sua estrita missão pastoral.

António Marujo

Fonte Público

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