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Fundação católica com recorde de apoios 2008-06-02 23:33:21 Os apoios da organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no nosso país aumentaram 7,1% no ano de 2007, chegando a 2,1 milhões de Euros. A Presidente do Conselho de Administração da AIS-Portugal, Catarina Martins de Bettencourt, revela que “este foi um dos melhores anos de sempre da AIS em Portugal”.
O ano passado marcou o 60.º aniversário da AIS, sempre “ao serviço da Igreja que mais sofre e mais necessitada, 60 anos de informação e de oração para apoiar os nossos irmãos que sofrem por serem discípulos de Cristo”, sublinha Catarina Martins.
Esta responsável agradece aos benfeitores da Fundação pela sua generosidade e pela confiança depositada na AIS, “que nos permitem realizar tantos projectos de ajuda humanitária”.
Ao longo do ano de 2007, a Obra católica apoiou os cristãos perseguidos e que passam por dificuldades em todo o mundo com mais de 63 milhões de euros. Os dados são revelados no relatório anual divulgado na sede internacional da Fundação, em Königstein, na Alemanha.
Os benfeitores apoiaram o trabalho da Fundação AIS num total de 18 países doadores da Europa - entre os quais Portugal -, América do Norte e do Sul, bem como da Austrália.
Tal como no ano passado, a França ficou em primeiro lugar no total de donativos recolhidos, com 18 milhões de euros, seguida de Alemanha e do Reino Unido, com 9,5 milhões.
Em 2007, a AIS patrocinou cerca de 5100 projectos de paróquias e dioceses num total de 136 países. O destaque vai para a Europa Central e de Leste, onde se concentraram 31% destes projectos, seguida pela África (25%) e a América Latina (23%).
Os projectos de construção ficaram com a maior parte do total de apoios, mais concretamente com 28,1%. Seguem-se o apoio à formação e formação contínua teológica de sacerdotes, religiosos e leigos com 14,3% e as intenções de missas com 14,2%. A ajuda dos benfeitores da AIS foi aplicada também em sectores como a catequese, o apostolado nos meios de comunicação social, o fornecimento de veículos a agentes da pastoral, o apoio à evangelização e a ajuda de subsistência e de emergência.
Pierre-Marie Morel, Secretário-Geral da AIS lamenta, contudo, que não tenha sido possível dar resposta aos 8157 pedidos de ajuda que chegaram a esta Obra Pontifícia. “Quando ajudamos as pessoas, financiando-lhes um carro ou um burro, recolhendo estipêndios de missa ou divulgando a Bíblia para Crianças, comprando para as religiosas máquinas para confeccionar hóstias ou mandando arranjar os seus aquecedores na Sibéria, pagando a gasolina para o missionário poder chegar com o seu barco a aldeias mais longínquas do Amazonas, apoiando a pastoral familiar também na Europa Ocidental e na América do Norte – então estamos também a ajudar as pessoas a aproximarem-se mais de Deus”, afirma.
Este responsável lembra que, no ano passado, o Papa, por intermédio do Cardeal Bertone, “recomendou-nos especialmente duas das nossas áreas: por um lado, os média, que exercem hoje uma influência considerável sobre a cultura e a vida das pessoas e que podem ser também uma ajuda valiosa para a divulgação da Boa Nova; a segunda área são as Igrejas com longa tradição no Próximo e no Médio Oriente, onde a situação é difícil para a Igreja Católica”.
Fundada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Fundação AIS é uma organização dependente da Santa Sé, tendo por objectivo apoiar projectos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica está em dificuldades.
No início, o trabalho da AIS consistia apenas em auxiliar os refugiados da Alemanha de Leste que fugiam da ocupação comunista, mas rapidamente se espalhou pelos campos de refugiados da Europa e da Ásia, pelas Repúblicas Populares comunistas, pela América Latina e pela África.
Os desafios são múltiplos: totalitarismo de esquerda ou de direita, fanatismo religioso, multiplicação de seitas, materialismo, falta de sacerdotes, etc. A Fundação esforça-se por responder aos apelos numerosos e urgentes que lhe chegam a todo o momento.
Departamento de Informação da Fundação AIS - www.fundacao-ais.pt
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