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Frei Bartolomeu dos Mártires esperou 4 séculos
2001-07-25 20:15:58

Segundo Decreto de João Paulo II, no próximo dia 4 de Novembro, D. Frei Bartolomeu dos Mártires será beatificado.

Passaram, entretanto, quatro séculos após a sua vida e a beatificação vem confirmar aquilo que há 400 anos o povo já considerava: “ele é santo” ou por outras palavras “Arcebispo santo”, conforme a designação que lhe era atribuída no tempo do seu pontificado bracarense e que D. Eurico Dias Nogueira recorda , recentemente, num artigo intitulado: “Bartolomeu dos Mártires: porquê só agora beato?”.
Nascido em Lisboa, em 1514, entre 1559 e 1582, Frei Bartolomeu foi Arcebispo de Braga e veio a falecer em Viana do Castelo em 1591. As gentes destas duas terras do norte do país não deixaram de disputar a pertença “do seu santo” e foi a contragosto dos bracarenses o viram ser sepultado numa Capela do Convento de S. Domingos, na Cidade de Viana.
Quando em 1982 João Paulo II esteve em Portugal, D. Eurico Nogueira, na altura Arcebispo de Braga, manifestou-lhe o desejo de que “um dos maiores Padres do Concílio de Trento em breve pudesse receber honras de beatificação”. Foi preciso esperar 11 anos para que este desejo do prelado e do povo fosse concretizado.
Efectivamente, D. Frei Bartolomeu dos Mártires foi um “grande apóstolo e dinamizador das reformas do Concílio de Trento”. Em 22 anos de Pontificado em Braga foi multifacetada a sua acção pastoral: “Fomentou a evangelização do povo, para o qual preparou um Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais, com quinze edições ao longo de dois séculos. Preocupou-se com a santidade do clero, instituindo aulas de Teologia moral em várias localidades da Arquidiocese; e redigiu obras doutrinárias, mandando traduzir outras”, recorda D. Eurico Dias Nogueira, no referido artigo.
Tendo participado na parte final do Concílio de Trento e merecido os aplausos do Papa que o considerou Luminar do Concílio, cedo procurou implementar as reformas tridentinas, através de um Sínodo Diocesano.
O povo nunca duvidou da sua santidade, afirma o arcebispo emérito de Braga. É o povo que vê agora a sua certeza reconhecida pela suprema autoridade eclesiástica. As dioceses de Viana e Braga alegram-se com esta beatificação, porque o futuro beato às duas estava intimamente ligado. A 7 de Julho a Santa Sé reconheceu como autêntico o milagre obtido por intercessão do venerável Bartolomeu: uma menina portadora de meningo-encefalite foi livre da morte. A 4 de Novembro, dia litúrgico de S. Carlos Borromeu, um seu amigo, Frei Bartolomeu subirá aos altares.


Fonte Ecclesia

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