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Vaticanista: Bento XVI quer recuperar Jesus como centro da Igreja na América Latina
2007-05-16 22:50:28

O vaticanista do jornal L'Espresso, Sandro Magister, oferece esta semana uma profunda análise sobre a recente visita do Papa Bento XVI ao Brasil e sustenta que o fio condutor de suas mensagens foi claro: a urgência de "voltar a centrar a vida da Igreja latino-americana em Jesus".

Em sua coluna semanal, que pode ser lida em http://chiesa.espresso.repubblica.it/dettaglio.jsp?id=140861&sp=e, Magister sustenta que "do Brasil ressona uma palavra mais cortante que uma espada. Uma palavra que é uma pessoa: Jesus. O mesmo ao qual Bento XVI dedicou o livro de sua vida. Para o Papa o futuro da Igreja na América Latina e no mundo está ligado à obediência a Ele. E se sentou no dever de recordá-lo aos bispos".

Segundo o vaticanista, embora o discurso mais esperado foi o que pronunciou ao inaugurar a V Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida, que será recordado no futuro, como o mais revelador dos objetivos do Papa foi outro. foi o que dirigiu os bispos do Brasil na catedral de São Paulo, ao final das vésperas da sexta-feira 11 de maio".

"A clara tentativa de Bento XVI é o de voltar a centrar a vida da Igreja latino-americana em Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem: uma Igreja que a seu julgamento, nos últimos decênios deslocou muito seu centro para o terreno sócio-político, sob o influxo da teologia da libertação", sustenta.

O jornalista explica que "para o Bento XVI, uma evangelização forte é a verdadeira resposta aos ataques à família, aos delitos contra a vida, ao abandono do catolicismo a favor dos novos cultos evangélicos e pentecostais. Também o celibato do clero vacila quando 'a estrutura da total consagração a Deus começa a perder seu significado mais profundo'. E também aos pobres lhes oferece 'o bálsamo divino da fé sem descuidar o pão material'".

"Em cada uma destas indicações dadas pelo Bento XVI aos bispos do Brasil é fácil intuir as situações que as originam: da desenfreada espontaneidade litúrgica à violação difundida do celibato sacerdotal. O Papa não se estendeu em descrever tais situações", adverte Magister.

"Em troca, Bento XVI centrou toda sua prédica no fundamento de que partiu no discurso aos bispos: Jesus. Ou seja, fez o mesmo trabalho de concentração sobre o essencial que caracteriza sua encíclica 'Deus caritas est' e seu livro sobre 'Jesus de Nazaré'", adiciona.

Fonte ACI Digital

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