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Aprender a decorar as igrejas
2007-02-15 22:29:36

Sendo a Igreja um espaço celebrativo e comunitário é "fundamental ter cuidados decorativos e critério na localização" dos objectos de arte sacra. O Pe. António Boto de Oliveira, Director do Departamento dos Bens Culturais da Igreja do Patriarcado de Lisboa - entidade que promoveu uma acção de formação sobre os bens culturais da igreja - sublinhou à Agência ECCLESIA que só "valorizando estes bens e aplicando-os no ensino da catequese" é que "eles podem falar aos cristãos".

Nesta linha foram referenciados alguns espaços: ambão, altar, cadeira da presidência, sacrário e o lugar da assembleia cristã.

Os arquivos paroquiais e a "sua higienização e limpeza" foram outros temas tratados pelos conferencistas que tiveram cerca de sete dezenas de formandos do Patriarcado. Manter os "arquivos vivos" e a "memória da igreja e da vida das comunidades cristãs" é fundamental para compreender os passos vivenciais. Uma acção formativa teórica-prática onde se ensinou as "melhores formas de preservar" os bens culturais da Igreja - realçou o Pe. António Boto.

Para que os bens culturais «falem» às pessoas, o Pe. António Boto frisou que é necessário é salvaguardá-los. "Implica não apenas o restauro mas também a preservação e conservação". E adianta: "a salvaguarda passa também pela utilização de determinados objectos em certas alturas do ano". No campo das orientações, o Director do Departamento dos Bens Culturais da Igreja do Patriarcado de Lisboa propõe a utilização da "bela custódia na altura da festa da paróquia" e "valorizando uma pintura".

O Pe. António Boto é pároco em Santa Catarina (uma paróquia da baixa lisboeta) e costuma catequizar os seus paroquianos com visitas guiadas à igreja. "Os objectos existem para transmitirem algum significado". A pintura do tecto e a "utilização de determinada casula" são formas de catequizar as pessoas.

Nesta iniciativas - estavam vários zeladores de igrejas e pessoas que tratam da decoração dos templos - D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, pediu aos presentes para terem "bom senso" de "não carregar as coisas com coisas que não têm sentido". Numa igreja "mais despida" e "mais simplificada em termos espaciais" é de bom gosto não encher o altar de "flores e de rendas" - sublinhou o Pe. António Boto. E acrescenta: "o II Concílio do Vaticano aconselha a nobre simplicidade".

As imagens e pinturas devem falar por si. Apesar das flores "serem bonitas" devem ser utilizadas "com conta peso e medida" - reconheceu o Pe. António Boto.

Fonte Ecclesia

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