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Portugueses querem saber as suas raízes
2006-09-29 22:17:31

Os registos paroquiais do País são os documentos mais consultados no Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT), em Lisboa, sobretudo por genealogistas amadores ou profissionais, em busca de informação para reconstruir árvores genealógicas.

De acordo com Miguel Veloso, responsável pelo departamento de Comunicação da Torre do Tombo, no ‘ranking’ dos documentos mais consultados surgem, depois, os arquivos da antiga PIDE, polícia política do regime de Salazar, e os arquivos da Inquisição.

“Os registos paroquiais são os mais pedidos e consultados, porque as pessoas querem cada vez mais conhecer a sua história familiar, quem são e de onde vêm os seus antepassados”, explicou aquele responsável.

“Os que vêm a título pessoal são pessoas entre os 50 e os 65 anos, geralmente reformados que têm a curiosidade de saber um pouco mais sobre as suas raízes, mas nunca aprofundam muito”, afirmou. Quanto aos profissionais, “têm entre 25 e 35 anos, são sobretudo homens e dedicam-se muitas vezes à genealogia com métodos de trabalho diários”, acrescentou.

80 LEITORES POR DIA

Durante o Verão, o horário da Torre do Tombo é mais reduzido, “mas o público até aumenta e é mais diversificado. As pessoas aproveitam as férias para fazer algum tipo de pesquisa prática”, indicou Miguel Veloso.

De acordo com dados de 2005, a Torre do Tombo – onde estão guardados em permanência 85 quilómetros de documentos – recebeu uma média diária de 80 leitores, num total de 20 585, que resultaram em 86 200 requisições aos serviços. De 2004 para 2005, verificou-se um aumento de cerca de 20 por cento na procura de documentos, e uma das obras mais consultadas tem sido o ‘Dicionário Geográfico’, de 1758.

A obra contém relatos de párocos sobre a devastação do grande terramoto no País e já está acessível no ‘site’ do organismo na internet, em http://www.iantt.pt.

A digitalização dos 44 volumes da obra é, aliás, um exemplo da estratégia da nova direcção do Instituto de tornar cada vez mais acessíveis ao público os seus arquivos. O dicionário, compilado pelo padre Luís Cardoso, desenha um retrato detalhado do Portugal da época.
Ana Goulão com Lusa

Fonte CM

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