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Bento XVI critica um mundo "surdo a Deus"
2006-09-11 22:16:18

O papa Bento XVI voltou ontem a abordar a secularização das sociedades ocidentais, deplorando que o mundo se tenha tornado "surdo a Deus", numa missa ao ar livre em Munique, perante cerca de 230 mil fiéis.

"Existe a surdez física, que priva o homem de grande parte do seu desempenho social, mas também existe uma fraqueza de audição quanto ao respeito a Deus, de que sofremos particularmente nos tempos actuais", declarou o Papa, ao segundo dia da sua visita à Alemanha, falando na região bávara onde nasceu e cresceu. "Não o escutamos simplesmente porque as frequências captadas pelas nossas orelhas são demasiado numerosas" e "o que dele se diz já não nos parece adaptado ao nosso tempo", lamentou durante a homilia, aproveitando para elogiar a fé das pessoas de África e da Ásia, que rejeitam "o cinismo que considera as ofensas ao sagrado como um exercício de liberdade e que defende a utilidade como o supremo critério moral".

Foi o retomar de um dos seus temas favoritos: desde ao início do seu pontificado, em Abril de 2005, Bento XVI já por várias vezes manifestou as suas apreensões por uma Europa que ignora, no seu entender, as suas "raízes cristãs" e que cede com demasiada frequência ao "relativismo". "Com a fraqueza de audição, e entenda-se por isto a surdez a respeito de Deus, perdemos naturalmente a nossa capacidade de falar com ele ou a ele. E essa é uma percepção crucial que nos está a faltar", afirmou o papa.

Nos próximos dias, Bento XVI percorrerá os lugares mais representativos da sua infância e juventude, incluindo a sua aldeia natal, Marktl Am Inn, que ontem foi alvo de uma acção de protesto contra a presença do Papa na Alemanha - as paredes brancas e amarelas da casa onde nasceu foram atingidas por balões de tinta.

Cerca de cinco mil polícias são mobilizados diariamente durante a visita papal, que ocorre seis semanas após um fracassado duplo atentado em comboios regionais, na região ocidental da Alemanha.

Fonte DN

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