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VINTE MIL ALUNOS DE EMRC, UMA MARCA NA VIDA DA DIOCESE
2006-05-23 23:38:57

Se o convívio fraterno de vinte mil alunos de EMRC, em grande festa, em paz e harmonia, em boa ordem e cheios de alegria, distribuídos por todo o Parque da Cidade do Porto, não é uma “marca”, então o que é «uma marca na minha vida»?

20.000 dá para marcar!

A pergunta é tanto mais oportuna, quanto mais o acontecimento, não atraiu os holofotes da comunicação social, que bem sabia, antecipadamente, deste IV Encontro de Alunos de EMRC, mas que não quis ler, nem ouvir nem ver! Preferiu ignorar!

Para quem, como eu, lá esteve e participou, aquela multidão, espalhada por verdes prados, em grupos de cinquenta, de trinta, de cem, mais parecia a encenação ao vivo, de uma parábola, ou a reprodução actual do milagre da multiplicação! Mas foi mesmo assim. Desde as 9h00 da manhã, ao meio-dia, chegavam, em autocarros, provenientes de mais de 130 Escolas da Diocese, 1300 professores, funcionários e encarregados de educação, a acompanhar os seus educandos, para um dia, que marca a diferença.

EMRC, uma marca na minha vida

A pulseira funcionava como verdadeiro “símbolo” que unia e identificava os vinte mil. A marca era EMRC. Estava gravada no dito objecto e estava bem inscrita nos corações dos alunos: “EMRC, uma marca na minha vida”. Não faltou quem desse o grito de guerra, antes de partir para a aventura do dia: “Moral é fixe”. Acolhidos pelo Prof. Madureira, que os recebia, identificava e mobilizava, os alunos puderam saltar, dançar, brincar, jogar, praticar desportos, amassar os insufláveis, romper a relva, olhar o mar, até mesmo vibrar com alguns actores de “Morangos com Açúcar” e os Concertos à tarde.

Morangos sem açúcar

Alguns actores de “Morangos com açúcar” vieram ali, para atenuar o incumprimento inesperado do programa dos “D´ZRT”, que quatro dias antes, davam o dito por não dito e falhavam ao compromisso. Foi com sabedoria e coragem, que o Professor Madureira apresentou alguns desses actores, lembrando aos alunos, que, por trás dos personagens, estão pessoas. E acrescentou que «nem tudo o que viam e ouviam na mais famosa série era “recomendável”». Afinal, a maior parte das vezes, na vida real “os morangos são sem açúcar” e é preciso perceber que o”produto que a TV vende” tem de ser bem digerido. Disse ainda mais, bem de frente aos actores e alunos: “há muitos diálogos e situações da série Morangos com Açúcar que devem transformar-se em questões a colocar aos vossos pais e a discutir nas aulas de EMRC”. Um dos actores, o “Fred, o Dono do Bar” deixou uma mensagem clara, dizendo aos alunos: «ainda é muito cedo para vocês beberem bebidas alcoólicas”.

Dom António Carrilho e a história do Balão

Presente, da parte da tarde, ao lado do Director do SDEIE, Pe. João Ribeiro, esteve também Dom António Carrilho, Bispo Auxiliar do Porto. Partindo da sua larga experiência de professor de Moral e Membro do Secretariado Nacional, ousou tomar a palavra, no meio de uma multidão ansiosa pela hora do espectáculo que se aproximava! Cheio de alegria, perante a beleza do vasto cenário humano que então o envolvia, o Bispo usou uma linguagem bem acessível, partindo da metáfora do Balão. “O Balão não sobe, por ser bonito por fora, mas pelo que tem dentro”. Moral da História: “só podereis crescer e subir, se tiverdes algo de grande, de invisível, de mais profundo, dentro de vós”. Por sua vez, o Dr. Madureira, professor destacado para o SNEC e SDEIE, realçou a “alegria” como “marca distintiva da fé cristã”. E lembrou que «foi com um convite à alegria, que se fez o anúncio do nascimento de Jesus, quer a Maria, quer aos Pastores. Foi para nos fazer chegar “à alegria completa” que Jesus nos deixou os seus ensinamentos». Desafiou depois os alunos a serem “portadores dessa alegria, junto dos colegas, levando-os a inscreverem-se na Disciplina de EMRC”.

A marca da alegria no Queimódromo

Sinal claro e positivo, de que muitos adolescentes e jovens conhecem o que é a “verdadeira alegria” está no facto de que boa parte dos alunos, preferiu o convívio e os jogos e outros divertimentos espalhados pelo Parque, ao espectáculo dos actores ou ao concerto dos “Boss A.C. ” e “Menito Ramos”, entre outros. E provaram, deste modo, que para chegar à alegria, mesmo ali no “Queimódromo” não é precisa nem uma gota sequer de álcool. A marca da sua alegria é afinal a opção pela Boa Nova de Jesus Cristo! Uma escolha que marca, sem dúvida, o aluno e a Escola, onde se joga a maior parte do tempo das suas vidas. Parabéns ao SDEIE pela iniciativa.

Num tempo de crise de “transmissão da fé”, creio que a beleza e a alegria bem podem constituir uma experiência humana fundamental, para daí chegar à fé e ao encontro com o Deus de Jesus Cristo, fonte da verdadeira alegria!

Amaro Gonçalo


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