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Bispos mudam estatuto do Santuário de Fátima
2006-04-24 11:53:30

Os bispos católicos debatem, a partir de hoje, um novo estatuto para o Santuário de Fátima, que deverá passar a ser considerado de carácter nacional e, nessa medida, terá um conselho de mais três bispos, além do responsável da diocese.
D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) explicou ao PÚBLICO que, segundo os elementos que conhece, é provável que a decisão da assembleia plenária da CEP vá nesse sentido. Mas o colectivo dos bispos é soberano e só no final dos trabalhos, quinta-feira, se saberá exactamente o que fica decidido.


De acordo com o que está em cima da mesa, o santuário passará a ser considerado de âmbito nacional. "É um espaço marcante para todo o país", diz Carlos Azevedo. Por isso, deverá ser reactivado um conselho consultivo previsto de há muito nos estatutos do santuário, mas que praticamente nunca passou do papel.
Este organismo será composto pelo bispo de Leiria-Fátima (D. António Marto foi o escolhido para suceder a D. Serafim Ferreira e Silva) e pelos arcebispos de Braga, Évora e Lisboa (neste caso, o patriarca). "É uma forma de o bispo de Leiria, que continua a ser o principal responsável por aquilo que se faz no santuário, passar a ter mais apoio nas decisões administrativas e pastorais."

Nova igreja
Nenhuma destas decisões põe em causa a autonomia do santuário português em relação ao Vaticano. O porta-voz dos bispos diz, aliás, que não está previsto que haja qualquer delegado do Vaticano para "vigiar" o que se passa no santuário.
Nos últimos meses, notícias vindas a público diziam que a Santa Sé não via com bons olhos algumas iniciativas de carácter inter-religioso que se tinham realizado em Fátima. Mas em todas elas estiveram presentes responsáveis do Vaticano - incluindo cardeais.
O porta-voz da CEP reafirma agora que "não está em causa" esse tipo de iniciativas. Há dois meses, comentando essas notícias, Carlos Azevedo dizia ao PÚBLICO que não haveria qualquer delegado e que isso era uma ideia "pateta". A confusão, explicava, surgiu por causa da oposição de alguns grupos católicos ao diálogo inter-religioso e às iniciativas do Papa.
Explicando que o conselho de governo do santuário terá como função pronunciar-se apenas sobre as "grandes decisões", Carlos Azevedo dava também como exemplo a construção da nova Igreja da Santíssima Trindade, que teria de ser decidida por esse organismo. As questões do dia-a-dia continuarão a ser da responsabilidade do bispo de Leiria-Fátima e do reitor do santuário.

Fonte Público

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