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Sacerdócio feminino discutido em Dublin
2001-06-30 18:36:37

A primeira conferência internacional sobre a ordenação das mulheres na Igreja Católica vai começar, hoje, em Dublin, na Irlanda. O encontro, que será aberto pela Nobel da Paz, Maired Corrigan Maguire, conta com a participação, durante os três dias de trabalhos, de cerca de 400 pessoas vindas de 25 países, incluindo Ida Raming, a teóloga alemã que propôs a discussão da ordenação das mulheres durante o Concílio Vaticano II.


Um dos relatores será John Wijngaards, autor do livro "The Ordination of Women in the Catholic Church. Unmasking a Cuckoo's Egg Tradition". Neste livro, o autor explica como a não ordenação das mulheres na Igreja Católica tem origem fora da Igreja. Não provém das Sagradas Escrituras, mas de uma lei romana pagã que excluía as mulheres de manterem qualquer tipo de responsabilidade pública.

Mais visibilidade
A ideia de fazer uma conferência internacional sobre a ordenação feminina surgiu em Viena em Novembro de 1996, aquando do sínodo das mulheres europeias: 50 mulheres criaram uma rede de contacto com o objectivo de organizar esta primeira conferência internacional.
O problema foi igualmente levantado durante o sínodo-sombra do Movimento "Nós somos Igreja", em Outubro de 1999, quando na mesma altura se realizava o sínodo dos bispos europeus.
João Paulo II, em Maio de 1995, com a Carta "Ordinatio Sacerdotali" respondeu com um seco "não" à ordenação feminina quando a Igreja de Inglaterra promulgou a ordenação das mulheres como pastores.
O problema da ordenação das mulheres ao sacerdócio tem vindo, entretanto, a ganhar maior visibilidade dentro da Igreja Católica, com muitos católicos a pensar que as mulheres deveriam ser ordenadas sacerdotes.
As Sagradas escrituras deixam a questão em aberto.
Durante os primeiros séculos, houve desenvolvimentos naturais na Igreja, como a ordenação de mulheres diáconos, que, ao longo dos anos, deveria ter evoluído na ordenação sacerdotal.
Mas, escreve Wijngaards, o preconceito social prevaleceu e foi institucionalizado pela adopção, por parte da Igreja, dos princípios das leis dos antigos romanos.

Fonte JN

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