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Jovens espanhóis divorciam-se da Igreja
2006-04-06 22:01:58

A Igreja é a instituição mais desprestigiada pelos jovens espanhóis, que se declaram maioritariamente mais tolerantes, mais de Esquerda, mais consumistas e mais "presos à televisão" do que os seus pais, indica uma sondagem.

O estudo analisa as opiniões de quatro mil jovens espanhóis entre os 15 e os 24 anos sobre temas como a religião, o lazer, a sexualidade e a imigração. Aos inquiridos é-lhes também pedido que avaliem o papel da política e da televisão nas suas vidas.

A sondagem, realizada pela Universidade Autónoma de Madrid, refere que menos de metade dos jovens entre os 15 e 24 anos consideram-se católicos, comparativamente aos 77% que se identificavam assim há uma década.
Dos inquiridos, apenas um em cada cinco (20%) confia na Igreja, com as associações de voluntariado, o sistema de ensino e o de segurança social a merecerem a maior confiança dos jovens.

Pedro González, autor do estudo, afirma que essa queda se deve à postura "impopular" da Igreja Católica "em temas como a lei que regula o matrimónio homossexual, o aborto e a sexualidade".

A percentagem de agnósticos, ateus ou indiferentes de qualquer religião, ascende a 46% (era de 22% em 1994), o que contribui para que a Igreja Católica seja uma das instituições que inspiram menos confiança, depois das multinacionais e da NATO. Cerca de 79% dos jovens defendem que a Igreja é demasiado rica e 82% que é demasiado antiquada na questão sexual. Metade dos sondados considera que a Igreja ajuda os mais pobres e marginalizados.

A geração mais nova é também mais tolerante, com a maioria a dizer sim a que casais homossexuais adoptem crianças (numa escala de 0 a 10 valores a média dá seis a essa opção) e a declarar-se a favor do aborto (5,29 valores).

As atitudes mais criticadas pelos jovens são o terrorismo, a violência e o vandalismo.

A posição sobre a religião leva a que 49% dos jovens considerem que as aulas sobre o tema não lhes serve para nada. Porém, apenas 10% dizem nunca ter estudado religião na escola.

Fonte JN

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