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Papa confirma aproximação aos seguidores de Monsenhor Lefebvre
2006-03-23 22:03:09

Bento XVI confirmou, perante os Cardeais de todo o mundo, a sua preocupação pela reconciliação com os seguidores de Monsenhor Lefebvre, a Fraternidade São Pio X, fundada pelo Arcebispo francês.

O Papa poderia levantar a excomunhão de João Paulo II, datada de 1988, contra os Bispos da Fraternidade.
No encontro com o Colégio Cardinalício, cuja primeira parte decorreu esta manhã, o Papa deixou votos que, entre os temas a discutir, estivesse “a questão levantada por Mons. Lefebvre e a reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II”, como refere o comunicado oficial divulgado pela Santa Sé.
O Bispo Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade, foi recebido por Bento XVI no dia 29 de Agosto de 2005, num encontro marcado pelo “desejo de chegar à perfeita comunhão”, segundo comunicado oficial da Santa Sé.
Fellay e outros três Bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do Arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de Bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”.
Os contactos têm sido conduzidos pelo Cardeal Darío Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, criada na sequência dos factos acima relatados. Esta Comissão tem como objectivo “facilitar a plena comunhão eclesial” dos fiéis ligados à Fraternidade fundada por Monsenhor Lefebvre, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”, em especial o uso do Missal Romano segundo a edição típica de 1962 - a Missa Tridentina.
Já enquanto Cardeal, Joseph Ratzinger tinha conseguido assinar um protocolo, a 5 de Maio de 1988, com o Arcebispo Lefebvre. Agora, um projecto de novo acordo instituiria para a Fraternidade uma “administração apostólica”, dependente directamente do Papa.

Bispos e Islão
Apesar de querer manter a discussão aberta à iniciativa dos Cardeais, o Papa apontou ainda outros dois temas: a situação dos Bispos eméritos e as questões ligadas ao diálogo da Igreja com o Islão.
Ao longo do momento de “reflexão e oração” que antecede o Consistório de amanhã, no qual o Papa criará 15 novos Cardeais, intervieram sobre os temas acima referidos o Cardeal Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação para os Bispos, e o Cardeal Darío Castrillón Hoyos, a que se seguiram outras 20 intervenções.
Esta tarde serão retomados os trabalhos, com intervenções de fundo do Cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano.

Fonte Ecclesia

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