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Papa reduz burocracia em órgãos do Vaticano
2006-03-14 11:19:44

O Papa Bento XVI reorganizou os organismos do Vaticano, nomeando dois cardeais em acumulação de funções, numa medida vista como tentativa de reduzir a burocracia.

O Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes passa a estar ligado ao de Justiça e Paz, com o cardeal Renato Martino, que já presidia a este último, a coordenar os dois. Também o Conselho para o Diálogo Inter-Religioso ficou ligado ao da Cultura, sob a presidência do cardeal francês Paul Poupard.
Os conselhos pontifícios são organismos do Vaticano que coordenam áreas de actuação da Igreja, de importância hierárquica inferior à das congregações.
No diálogo inter-religioso, o responsável era, até agora, o arcebispo britânico Michael Fitzgerald, nomeado entretanto para representar o Vaticano no Cairo (Egipto) e junto da Liga Árabe. Já o organismo para as migrações ficou sem presidente porque o cardeal Stephen Fumio Hamao se demitiu por razões de idade.
Renato Martino, que agora tem a seu cargo os conselhos Justiça e Paz e para os Migrantes, diz que neste último campo uma das suas prioridades serão os ciganos. Em declarações aos jornalistas no sábado, em Braga, à margem da semana social católica que ali decorreu, o cardeal Martino disse que a decisão do Papa "tem lógica". "O Conselho Justiça e Paz é um dos organismos mais vocacionados para defender os direitos dos imigrantes."
Quanto à redução da burocracia, Renato Martino diz que, para já, se trata apenas da nomeação do mesmo presidente. Acredita, no entanto, que a decisão pode "simplificar" o funcionamento da Cúria Romana. O actual Papa já tinha, enquanto cardeal Joseph Ratzinger, criticado o que considerava a existência de tantas "novas estruturas".
No fim-de-semana, a imprensa italiana questionava o significado da fusão do Diálogo Inter-Religioso com a Cultura e as consequências da decisão no diálogo com o judaísmo e o islão. Mas a nomeação do arcebispo Fitzgerald para o Cairo tem sido visto como sinal da vontade do Papa em aproximar-se dos muçulmanos.

António Marujo

Fonte Público

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