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Procissão do Triunfo com 300 mil romeiros
2000-09-10 12:06:35

A organização esperava juntar meio milhão de romeiros, ontem, durante a "Procissão do Triunfo", em honra da Nossa Senhora dos Remédios. Mas só conseguiu reunir, segundo números avançados logo no fim da marcha religiosa, cerca de 300 mil.
«Se a procissão tivesse sido num fim de semana, tínhamos conseguido juntar o meio milhão de pessoas», explicou Manuel Joaquim, vereador da Câmara Municipal de Lamego e membro da organização das festas. Mas, mesmo tendo ficado aquém das expectativas, a invasão "entupiu" as ruas da cidade, numas festas que terminam amanhã à noite com uma sessão de fados de Coimbra.


As ruas cedo ficaram bloqueadas, especialmente as de acesso a Vila Real, Chaves e Bragança. E os parques de estacionamento já anteontem estavam cheios. A mata dos Remédios, nas encostas do Monte de Santo Estevão, esteve bloqueada e inacessível algum tempo, por causa do estacionamento desordenado de automóveis. Foi um caos.
«Sou devota de Nossa Senhora dos Remédios. Sei que no dia da procissão há sempre esta confusão, mas a marcha é mais importante que tudo», disse, ao JN, Ana Clara Cardoso, de Braga, que vai, há vinte anos, à procissão de Lamego.

Polícia vigia
A devoção a Nossa Senhora dos Remédios é grande em Lamego e no norte do país, especialmente no Minho e Douro Litoral, de onde vão, quase sempre, metade dos romeiros que enchem a cidade no dia da procissão. Procissão essa que foi vigiada por um corpo da Polícia de Intervenção de Lisboa, destacado pela organização.

Muito cedo
Para os romeiros, a festa começa muito cedo, sobretudo para o cumprimento da promessa, sendo o mais vulgar dar-se três voltas à igreja do santuário. Mas diz-se que, quem lá vai mesmo sem ser para pagar promessa, sente sempre esse impulso de andar, três vezes, à volta da igreja. A oferta de "ex-votos" em cera (a maior parte), em madeira ou em vidro, está também vulgarizada. Mais raro, hoje em dia, é ver-se gente a subir, de joelhos, os 686 degraus dos onze lanços do escadório do Santuário dos Remédios. Ontem, esse ritual de fé parece não se ter verificado. De joelhos, só mesmo à volta da igreja.

Beber-se água da fonte do santuário é, também, outra das promessas. É água milagrosa, diz o povo crente.

Santuário
No sítio onde está actualmente implantado o Santuário da Senhora dos Remédios, existiu, anteriormente, outro local de devoção: Desde 1361 que o povo ia à capelinha dedicada a Santo Estevão.
Em meados do século XVI, o pequeno templo ameaçava ruína, o que levou o bispo da cidade, D. Miguel de Noronha, a mandar construir nova igreja, à qual acrescentou a devoção à Virgem com o Menino ao colo, que caiu no esquecimento.
Foi em 1748, que uma comissão ordenou a edificação de um Santuário dedicado, em exclusivo, à famosa Senhora dos Remédios. As obras arrastaram-se devido à sumptuosidade que lhes foram querendo imprimir, tendo apenas terminado em 1905.

Fonte JN

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