paroquias.org
 

Notícias






Padre humberto gama demitido
2006-02-13 09:26:15

A Vigararia Geral de Vila Real esclareceu, preto no branco, que o padre Humberto Gama - "supostamente envolvido no exercício de curas supersticiosas e abusos de confiança"- é o mesmo sobre quem, em Outubro de 2003, publicou uma nota a alertar que fora demitido em 1972 da Congregação [católica] dos Marianos a que então pertencia.

Humberto Gama voltou à ribalta depois de nos últimos dias ter sido acusado por um casal de Vila Franca de Xira de alegado abuso sexual, durante um exorcismo no "consultório" que possui perto de Fátima (abrangida pela diocese de Leiria/Fátima). Há dois anos, enfrentara duas queixas semelhantes que continuam em investigação.
A nota da Vigararia de Vila Real afirma que se trata de um padre conhecido por Humberto Gama, mas que no Rescrito nº 15.888/72, da Congregação dos Religiosos e Institutos Seculares - através do qual foi demitido - aparecia com o nome "Marcelo da Gama". Humberto Gama garante que foi ele quem quis sair da congregação e desvaloriza a questão, frisando que "a Igreja Católica não tem o monopólio da religião".
Há três anos, nem o nome nem a residência deste homem - que foi candidato à presidência das câmaras de Mirandela e de Murça por partidos diferentes (PS e CDS) - aparecia no comunicado então publicado no boletim diocesano e lido nas missas. A razão de tal discrição é agora conhecida: estes detalhes foram omitidos "para não fazer publicidade e concorrer ainda mais para o negócio", explica o vigário geral de Vila Real, António Castro Fontes.
O próprio bispo da Diocese de Vila Real recebeu há tempos uma carta de uma mulher residente na Suíça a queixar-se da burla de que fora vítima ao vir expressamente àquela aldeia por sugestão de emigrantes locais. "Agora, a queixa vem de Leiria e, possivelmente, outras se sucederão noutros locais. Não é caso único. É uma praga este recurso a gestos supersticiosos em busca de curas e favores espirituais protagonizados por padres marginais, falsos médicos e enfermeiros, advinhos, curandeiros e congéneres", lamenta a nota.
A investigação anteontem mandada fazer pelo bispo de Leiria/Fátima, depois de conhecida a queixa do casal de Vila Franca, prossegue e poderá dar origem a um novo esclarecimento na segunda-feira, mas só se tal se revelar necessário, adiantou ontem D. Serafim Ferreira e Silva.

Fonte Público

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia