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Basílica dá lugar a estacionamento
2001-06-06 20:55:40

O Patriarcado de Lisboa aceitou a proposta apresentada pela Câmara Municipal no sentido de deslocar para outro local a construção da futura basílica do Parque Eduardo VII, de forma a permitir a criação de um espaço verde, na continuidade do jardim desenhado pelo arquitecto-paisagista Gonçalo Ribeiro Telles.


Como contrapartida, no subsolo dos terrenos, cujo direito de superfície foi há alguns anos cedido ao Patriarcado, a Igreja pretende construir e explorar um parque de estacionamento subterrâneo, cujo ante-projecto já deu entrada na Câmara de Lisboa.
A confirmação da desistência dos terrenos do Alto do Parque Eduardo VII foi ontem feita ao JN pelo porta-voz do Patriarcado. Jardim Gonçalves disse que "está fora de questão" a construção da nova basílica naquele local, adiantando que "não se saberá tão cedo" qual a futura localização do empreendimento.

Ajustamentos ao projecto
Notícias vindas a público recentemente relacionam, contudo, a realização de uma missa campal, no próximo dia 14, no Alto do Lumiar, com uma das possíveis localizações do futuro templo, uma vez que o Patriarcado deseja instalá-lo num local mais populoso. Jardim Gonçalves nega esta relação, explicando que a celebração se integra nas cerimónias do Corpo de Deus. "Todos os anos escolhemos uma paróquia diferente. Este ano, foi seleccionada a do Alto do Lumiar, mas isso não significa que seja essa a localização escolhida", acrescentou.
Ontem à tarde, decorreu uma reunião para avaliar as condições de execução do ante-projecto apresentado pelo Patriarcado para a construção de um parque de estacionamento subterrâneo no Alto do Parque. Nesta reunião participaram, entre outros, o director do Departamento de Infra-estruturas Viárias e Estacionamento e o director municipal de Espaços Verdes, que têm directamente a ver com este dossier.

Ganhos em espaço verde
Segundo o JN apurou, a reunião teve por objectivo apreciar o ante-projecto que já foi apresentado à câmara. De acordo com uma fonte do gabinete do vereador do Trânsito e Infra-estruturas Viárias, no encontro foi detectada a necessidade de se fazerem alguns ajustamentos ao projecto, para facilitar a integração do futuro parque subterrâneo no sistema de circulação pedonal na zona, nomeadamente ao nível da ligação ao jardim que ali vai ser criado.
Em declarações ao JN, o vereador responsável pelo pelouro do Ambiente e Espaços Verdes, congratulou-se com o facto de, graças a este acordo, a cidade ganhar mais um espaço verde. Manuel Figueiredo adiantou que o futuro jardim, já inscrito no Plano de Pormenor do Alto do Parque Eduardo VII, aprovado na última reunião de Câmara, vai aumentar em cerca de 40 por cento a actual estrutura verde da zona, onde em breve será inaugurada uma grande superfície comercial.
"Com este projecto, toda a área entre a Avenida Sidónio Pais e a Rua Castilho será um grande espaço verde", explicou, salientando a integração no corredor verde de Monsanto. Sem se querer comprometer com prazos _ uma vez que nenhum destes projectos foi ainda votado na Câmara _, Manuel Figueiredo adiantou que o novo jardim irá incluir um restaurante, destinado a dinamizar a zona, a par da cafetaria recentemente inaugurada.
Por solucionar fica o problema do Metropolitano de Lisboa (ML), que contava com aqueles terrenos para montar um "poço de ataque", estrutura de que necessita para avançar com as obras de prolongamento da Linha Vermelha.
Para aquele local, o ML tinha prevista a montagem da tuneladora que vai fazer a perfuração da linha Alameda-Saldanha-São Sebastião _ com conclusão prevista para 2003 _ e, agora, enfrenta o primeiro entrave ao avanço da obra. "Terá de ser encontrado outro espaço onde esse trabalho possa ser feito", disse ao JN fonte do gabinete do Trânsito e Infra-estruturas Viárias.

Fonte JN

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