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Publicação apresenta lições do Vaticano II, 40 anos depois
2005-12-20 21:54:07

“Vaticano II. 40 anos depois” é o título da obra organizada por Ângelo Cardita, na qual são apresentadas as quatro grandes constituições deste acontecimento eclesial.

Com a chancela da Ariadne Editora, a obra dá sequência a um ciclo de conferências sobre os referidos documentos na comunidade cristã da Serra do Pilar, Gaia, na Páscoa de 2005.
Na introdução à obra, Ângelo Cardita lembra que “a leitura de textos deste género reclama uma certa pedagogia”, bem como “uma hermenêutica crítica e actualizadora”.
“O entrelaçar de dimensões que caracteriza o concílio – desde a conjuntura histórica, na Igreja e na sociedade, que acompanhou o evento conciliar e lhe sucedeu (não sem o seu contributo), até aos aspectos estritamente teológicos, que o Concílio quis declinar de forma pastoral, impondo um estilo e um método novos à inteligência da fé – dificulta a tarefa, mas torna-a, ao mesmo tempo, apaixonante”, acrescenta.
Este professor de Liturgia no Instituto Superior de Liturgia de Barcelona assume a análise à Constituição “Sacrosantum Concilium” (SC), sobre a Liturgia, o primeiro documento do Concílio, a partir da “história dos efeitos” da SC.
Eduardo Borges de Pinho, professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, escreve sobre a Constituição “Lumen Gentium” (LG), sobre a Igreja, numa reflexão que aborda “inovações fundamentais e interpelações presentes”.
A Constituição “Dei Verbum” (DV), sobre a revelação divina, é abordada por José Carlos Carvalho, assistente de Teologia Bíblica da Faculdade de Teologia da UCP, no Porto, apresentando “balanços e perspectivas”.
João Duque, professor da Faculdade de Teologia da UCP, em Braga, reflecte em volta da Constituição sobre a Igreja no mundo actual, a “Gaudium et Spes” (GS), escrevendo “um breve impulso” para a releitura da GS “sob o signo da universalidade”.
À reconhecida capacidade de cada um dos autores, teólogos leigos, alia-se a intenção geral de reler as ideias centrais de documentos que representam uma verdadeira revolução no olhar da e sobre a Igreja, indo ao cerne da fé católica.
“Como é que começa a Constituição sobre a Igreja? A luz dos povos é Cristo. Quem é que está no centro da liturgia da Igreja, senão Cristo? E se nada há de verdadeiramente humano que não encontre eco no coração da Igreja, não é porque o mistério do homem só à luz do Verbo encarnado encontra esclarecimento”, pode ler-se.
“O Concílio dá o exemplo, talvez, da única forma de falar de revelação, pondo-se religiosamente à escuta da Palavra de Deus, palavra essa que é gesto, história e pessoa concreta: Jesus Cristo”, acrescenta Ângelo Cardita.

Fonte Ecclesia

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