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Papa Bento XVI elogia grupos pró-vida
2005-11-17 09:40:39

O Papa Bento XVI elogiou ontem a "acção corajosa" dos grupos pró-vida, que considerou portadora de "uma esperança para o futuro". Entre os cerca de 22 mil peregrinos que, segundo a AFP, se reuniram ontem na Praça de São Pedro para a audiência geral das quartas-feiras, estavam presentes também os cerca de 60 participantes no congresso do Movimento pela Vida italiano, aos quais Bento XVI dirigiu uma mensagem particular.

No seu discurso, o Papa Ratzinger, visivelmente rouco segundo o relato das agências, agradeceu ao grupo "trinta anos de actividade corajosa votada a promover e defender o direito à vida e à dignidade de cada pessoa humana, da sua concepção à morte natural". O movimento, que existe organizado em vários países, foi constituído em Itália em 1978, quando foi legalizada a interrupção voluntária da gravidez, por católicos que se opunham à despenalização do aborto.
"Comprometendo-vos na prevenção do aborto voluntário, com uma acção atenta de apoio às mulheres e às famílias, vocês contribuem para a escrita de páginas de esperança para o futuro da humanidade", afirmou Bento XVI.
O Papa fez estas declarações no contexto da autorização para o uso da pílula abortiva RU-486 na Toscana (província no centro de Itália). A decisão, recorda a AP, mereceu já, da parte do L"Osservatore Romano, a condenação do que o jornal do Vaticano considerou como "um ataque contra a vida".
Na segunda-feira, entretanto, Bento XVI tinha afirmado a sua vontade de não se ingerir nos assuntos de política interna italiana. Numa mensagem dirigida aos deputados italianos, por ocasião do terceiro aniversário da visita de João Paulo II ao Parlamento, Ratzinger reivindicava, no entanto, o direito de tomar posição sobre os debates sociais.

Cenário de eleições
No próximo mês de Abril, a Itália será chamada a eleições, para escolher entre a coligação de direita liderada pelo actual primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, e pela coligação de esquerda do ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, ele próprio um católico. As agências observam que as questões do aborto e da pílula abortiva podem influenciar o sentido de voto de muitas pessoas.
Quer a Conferência Episcopal Italiana, quer diversos responsáveis católicos apareceram em público a condenar a autorização da RU-486. Em Junho passado, um referendo sobre a procriação medicamente assistida e a pesquisa em embriões não foi validado por não ter tido a afluência necessária às urnas, na sequência da oposição declarada da hierarquia católica.
Desde que Ratzinger foi eleito, em Abril, tem havido forte afluência às audiências gerais. Ontem, apesar do mau tempo, o elevado número de pessoas obrigou à sua realização na Praça de São Pedro e não na Aula Paulo VI, com capacidade para sete mil pessoas. Na ocasião, o Papa saudou também a Confederação do Comércio Italiano, à qual pediu para "nunca separar o comércio e a solidariedade".

AM

Fonte Público

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