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Sida e pobreza em debate no congresso
2005-11-09 22:24:12

Todos os dias há em média quatro dezenas de ateliers no Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que esta semana decorre em Lisboa. Num deles uma dezena de pessoas - duas das quais francesas - falam da sida, a partir da experiência do grupo Tibériade que, em Paris, acolhe seropositivos.

Éliane Hardy diz que o objectivo da associação é o acolhimento dos doentes. "Não julgamos ninguém. Não falamos do preservativo. Dizemos que se protejam, que não espalhem a morte, mas não falamos explicitamente do preservativo. O mais importante é que se sintam amados, não é nossa intenção convertê-los à Igreja Católica."
A francesa conta episódios em que os doentes só querem desabafar. Ou pedem mesmo uma mão para agarrar, quando se sentem moribundos. Como um a quem Éliane sentiu que devia visitar no hospital. Morreu na madrugada seguinte, soube ela um dia depois.
As participantes portuguesas - todas mulheres - querem saber se o grupo tem alguma extensão para Portugal. Não, responde Éliane. E contam casos que conhecem - como o do homossexual amigo que fez o convite para "amadrinhar" a sua união com um companheiro.
Os ateliers que, no congresso, tratam de questões sociais têm menos adesão do que os que tratam de temas como a oração ou a vida paroquial. Um deles, que iria tratar da prostituição, foi cancelado por não ter participantes inscritos.
Ontem, no entanto, houve vários debates de âmbito social. Na conferência da manhã, o alemão Ulrich Kny contou a experiência de dois anos numa favela em Porto Alegre (Brasil): crianças de rua, sem-abrigo, pobres a comer em pocilgas. "A Igreja tem que estar junto dos pobres, como Cristo também esteve", justificou ao PÚBLICO.

A.M.

Fonte Público

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