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Nova Evangelização ao encontro dos esquecidos
2005-11-08 14:39:04

A segunda manhã de trabalhos do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE), no Mosteiro dos Jerónimos, ficou marcada por uma apelo em favor dos mais pobres e desprotegidos.
A intervenção de Ulrich Kny, director da associação Fundação Ajuda à Igreja que Sofre para o Brasil, centrou-se sobre a sua experiência de vida no seio de uma favela de Porto Alegre, sublinhando a importância de tecer “redes de amor”, que se oponham a redes de “ambição e de poder”, como as do terrorismo internacional.


Após ter apresentado o seu testemunho no meio de uma “miséria chocante”, em que até os porcos tinham mais do que os pobres, mas onde gestos simples, como um olhar, são capazes de mudar as pessoas, Kny disse aos congressistas que os católicos têm de ter sempre em mente que “Cristo continua a sofrer" nos marginalizados, nos pobres, nos que sofrem com a guerra ou a perseguição.
Esta presença especial de Jesus nos pobres e marginalizados, “num mundo marcado pelo individualismo”, deve levar os membros da Igreja a “colocar as suas mãos à disposição de Deus”, para que a “rede do amor” apanhe cada vez mais pessoas.
“Com a globalização e a rede dos Media, as extremidades do mundo aproximaram-se. Assim, o meu próximo poder ser o meu único e velho vizinho ou uma criança a morrer à fome em África”, assinalou.
“Cristo chamou-nos a todos a sermos pescadores de homens, cada um à sua maneira. Se todos colaborarmos na rede de Deus, feita de amor, teremos uma rede universal de amor ao próximo, que nos apanha e nos sustém a todos”, concluiu.
Ontem, no programa “Prós e Contras”, na RTP1, o Cardeal-Patriarca de Lisboa lembrou que a “solidão” é o principal da Cidade e destacou o papel único da Igreja no meio dessa Cidade “evitada e esquecida”.
“A fé é uma mais-valia de humanidade”, defendeu.

Vozes migrantes
Esta “rede” tece-se, em Lisboa, com muitas sensibilidades e muitas vozes. Ao final da manhã, o ICNE dá espaço às comunidades presentes no meio de nós. Hoje foi a vez dos imigrantes de Leste, representados pela comunidade ucraniana.
Irina, em nome dos seus compatriotas, lembrou as dificuldades que os imigrantes passam em Portugal, “absorvidos pelo trabalho” e pelas necessidades, sempre crescentes, a que têm de responder. Apesar disso, assegurou que os ucranianos agradecem o “acolhimento” dos portugueses e estão felizes por terem partido do seu país para viver e trabalhar entre nós.
Num gesto carregado de simbolismo, duas meninas entregaram aos Cardeais presentes pão, sal e flores, a saudação que os ucranianos prestam às autoridades.
Segunda-feira fora a vez das vozes africanas, com ritmos, danças e cores tradicionais, já bem conhecidas por todos. Apesar da festa da música, as dificuldades por que muitos imigrantes passam não foram esquecidas.
O papel da fé na integração das várias comunidades foi um ponto comum a ambas intervenções.

Fonte Ecclesia

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