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«Cristos» de Bual na paróquia da Amadora
2005-10-19 23:09:26

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Amadora organiza, em parceria com a Câmara Municipal da Amadora, a exposição “Cristo(s) – Bual e a Transcendência” de Artur Bual, de 29 de Outubro a 27 de Novembro, na Igreja Matriz da Amadora. A iniciativa tem o apoio da família do pintor e procura ser um espaço de diálogo com a Cidade, relembrando a expressiva vocação de Bual na temática religiosa.

Com esta exposição, pretende a Paróquia da Amadora homenagear também um artista que muito dignificou a cidade da Amadora (o atelier de Artur Bual ficava situado nas imediações da Igreja Matriz). Estarão expostos 26 "Cristos" do pintor, de vários coleccionadores. A maior obra tem 250 x 182 cm.
No decorrer do evento, a Paróquia da Amadora organizará colóquios sobre a Cultura, a Fé e a Sociedade, convidando personalidades representativas de múltiplas sensibilidades sobre tão vasto tema. Na cerimónia oficial de abertura, Sábado, 29 de Outubro, às 17 horas, o Pe. Vítor Melícias, amigo pessoal de Artur Bual, abordará o tema “transcendência” na vida e obra do pintor. Na Cerimónia Eucarística das 11:30, no dia seguinte, haverá a “benção” simbólica das obras em exposição na Igreja Matriz.

Testemunhos
“Cristo é talvez um homem transfigurado. Pinto-o no sentido de ter sido, quanto a mim, um dos grandes poetas. Alguém que deu e ainda dá! Estou sempre disposto a pintá-lo (...) Cristos ou Crucificações são símbolos de humanidade e despojamento, de torturas e amor na aventura da existência”
Artur Bual (Lisboa 1926, Amadora 1999)

“Artur Bual cedo se revelou um dos artistas mais dotados da sua geração, considerado um pioneiro da pintura gestual em Portugal, desde o início dos anos cinquenta. (...) Para ele, a pintura não era coisa fácil, mas algo que o mantinha permanentemente inquieto e vivo. Por isso não receava assumir o contraditório e o contraste de uma arte de expressão directa, aparentemente caótica, que tentava resolver com mestria. (...)
O gestualismo de Artur Bual, de vocação expressionista, sempre se debateu entre a abstracção e a figuração, num espaço cenográfico, onde se inscreve o ritmo convulsivo do gesto do pintor. (...) Bual tende a romper com esquemas de representação convencional, quer nas cabeças de Cristo, quer nas crucificações, que sintetizam a paixão e a angústia existencial do homem contemporâneo. (...)
A pintura de Bual não se cinge à mera explosão catártica do instinto, é muito mais do que isso, persiste em algo que a transcende.”
Eurico Gonçalves, Pintor e Crítico de Arte

“Não há dúvida que Artur Bual, na sua pintura, procura mais do que a forma torturada, as cores disseminadas na tela, uma abstracção agradável. Ele procura o sentido das coisas, a função real da imagem, a luta permanente entre o visível e o invisível.”
Egídio Álvaro, Crítico de Arte, AICA

Fonte Ecclesia

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