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Eucaristia é mais do que um convívio entre irmãos
2005-10-11 22:52:25

Terminou a primeira das três semanas que há-de durar este Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia. As longas sessões diárias foram quase todas preenchidas por comunicações dos 256 Bispos participantes, comunicações escritas e previamente entregues, para que o serviço de tradução simultânea em 5 línguas as possa previamente traduzir.

Duram no máximo 6 minutos, electronicamente assinalados e terminados com o corte do microfone! Se assim não fosse, como poderiam ainda falar muitos outros que esperam por vez?
“Que os cristãos que celebram a Eucaristia dêem sinais claros de caridade efectiva e concreta a favor dos mais necessitados” – Esta uma afirmação escutada, saída do coração de um Bispo da América Latina, como outras semelhantes, vindas de participantes das igrejas do hemisfério Sul.
Os da Europa, mostram-se preocupados sobretudo com a progressiva secularização, que leva a uma baixa acentuada da frequência dominical. Mas nem tudo são lamentos: surgem por vezes testemunhos edificantes da África, a relatarem-nos a festa que é a Missa Dominical; e como não havia eu de me emocionar, ao ouvir Bispos da Índia a descrever-nos a importância que continua a ter a adoração ao SS. Sacramento, até pela noite fora… Ah! Portugal missionário, que nem tu calculas a fé que semeaste!
“Uma verdadeira floresta”, exclamava um Bispo, pedindo uma síntese de tantas questões referidas: Beleza da Eucaristia, liberdades litúrgicas, desvios teológicos, expressão de unidade, falta de padres, urgência de catequese, modos de comungar, qualidade das celebrações, imperativos de inculturação…
A segunda semana, já com reuniões feitas por grupos linguísticos, vai ajudar a arrumar a mesa. E não será difícil, uma vez que alguns assuntos se vêm naturalmente acentuando. Entre eles, o cuidado em não reduzir a mesa da Eucaristia a um convívio entre irmãos, pois que ela é, antes de mais, comunhão com o Cordeiro sacrificado; e também os problemas levantados pela falta de sacerdotes, com a procura de soluções para ela.
O Santo Padre apareceu em todas a sessões e esteve presente em quase toda a sua duração. Impressiona-nos nele a simples proximidade, como nos sensibilizou também o seu propósito de nos acompanhar numa hora de adoração ao SS. Sacramento, que vamos fazer em S. Pedro, às 17,00 horas de segunda-feira, dia 17.
Que Coimbra nos acompanhe nesta hora de contemplação diante do Cordeiro Imolado.

+ Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra

Fonte Ecclesia

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