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Os sete grandes temas da primeira semana do Sínodo
2005-10-10 22:37:13

O Sínodo dos Bispos dedicado à Eucaristia concluiu a primeira das três semanas de duração e um primeiro balanço «poderá caber em sete temas», segundo Isidro Catela, informante em língua espanhola durante esta assembléia de bispos em Roma.

Catela advertiu que estes temas não esgotam o Sínodo, mas são os pontos mais mencionados pelos padres sinodais durante estes dias. De fato, declarou, há outras questões que não saíram porque se está seguindo cronologicamente o instrumento de trabalho («Instrumentum Laboris») e serão abordadas nos próximos dias.

O tema que mais interesse suscitou é o da «dimensão sacrificial da Eucaristia» e, de fato, o Papa dedicou sua intervenção livre de quinta-feira a esta questão.

Assim, «sacrifício» e «banquete» são duas menções recorrentes pelos membros do Sínodo. Neste contexto, marcam-se «as experiências de martírio contemporâneo, não só de pessoas conhecidas, mas também do sofrimento cotidiano de tanta gente», disse Catela, que é também diretor da Sala de Informação da Conferência Episcopal Espanhola.

O segundo tema é o das «finalidades da Eucaristia», sua dimensão vertical --encontro com Deus-- e sua dimensão horizontal --comunitária-- em um mundo que tem fome material e espiritual.

Aqui encaixa a questão da Eucaristia e vida, enfrentada no número 73 do «Instrumentum Laboris», no qual faz-se referência à coerência de políticos e legisladores crentes, assim como ao compromisso de todo cristão na vida pública.

O terceiro tema refere-se a questões normativas e de abusos, com algumas referências ao Concílio Vaticano II e também ao Concílio de Trento no que concerne à presença real da Eucaristia.

O «ars celebrandi» ou arte da celebração é o quarto tema no qual se discute, por exemplo, sobre a oportunidade de receber a comunhão na mão ou na boca, o lugar central que deve ter o sacrário em uma igreja, ou a necessidade da adoração e do silêncio.

O quinto tema é o do diálogo ecumênico e a intercomunhão --a possibilidade de administrar a comunhão sacramental a cristãos de outras confissões--, que, segundo Catela, «desperta um grande interesse, e variado, nas intervenções livres».

Catela indicou que também se está discutindo sobre o contexto de secularização e indiferença religiosa, assim como as liturgias em espera (e não em ausência, segundo afirmaram muitos bispos) de sacerdotes e o celibato na Igreja.

«Dá-se a convicção de que o celibato na Igreja latina deve ser promovido», acrescentou.

O sexto tema faz referência à relação da Eucaristia com os demais sacramentos, pois a Eucaristia é «sacramento de sacramentos», disse Isidro Catela, declarando que os padres sinodais querem que se insista particularmente na relação de «Eucaristia e Penitência» e que se faça uma «catequese integral», capaz de vincular os diferentes sacramentos entre si. Alguma intervenção na Sala Sinodal pediu que se convoque um Ano da Penitência e, em outros casos, que se amplie o Ano da Eucaristia e que seu relacione com a Família.

O sétimo e último tema é o da «reconciliação que deve levar à paz». Os participantes insistem na necessidade de que a Igreja seja instrumento de reconciliação, e que a Eucaristia sirva como experiência.

Alguns testemunhos de países africanos fizeram saber que na Eucaristia é o único lugar de encontro em etnias distintas e enfrentadas. Vários padres sinodais pediram que se faça, na mensagem final, menção a Jerusalém e Terra Santa, por sua vinculação com a Eucaristia e com a ânsia de Paz.

O Sínodo de bispos do mundo sobre a Eucaristia, que conta com a participação de 256 prelados de 118 países, será encerrado em 23 de outubro.

Fonte Zenit

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