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Discussão sobre abusos litúrgicos marca segundo dia do Sínodo
2005-10-04 23:47:05

Os trabalhos do Sínodo dos Bispos, que entraram no seu segundo dia, começam a centrar-se na questão dos abusos litúrgicos, que tanto têm preocupado o magistério católico ao longo dos últimos tempos.

Após a abertura solene dos trabalhos, com o discurso de Bento XVI, e uma segunda Congregação geral que teve 14 intervenções – centrada sobre a dimensão pascal e o valor ecuménico da Eucaristia – a manhã de hoje foi marcada “por graves preocupações” relacionadas com a vivência da missa, incluindo o caso das transmissões televisivas.
Os Padres da XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos recordaram que, na Liturgia, é celebrado “o mistério pascal”, sugerindo que seja dado “o valor devido aos símbolos litúrgicos”.
Do Togo chegou um lamento pelas violações das normas litúrgicas e a “insuficiente disciplina e consciência da celebração”, falhas que “desfiguram a Igreja”.
A relação entre a Eucaristia e a Penitência, bem como com a pastoral das vocações, estiveram presentes nas intervenções dos padres sinodais. Da Congregação geral desta manhã saiu a proposta de um ano especial dedicado ao Sacramento da Reconciliação, com o objectivo de “redescobrir o sentido do pecado, anulado pelo relativismo moral contemporâneo”.
O último documento sobre os abusos litúrgicos, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, intitulado “Redemptionis Sacramentum” (O Sacramento da Redenção), critica duramente critica o excesso de protagonismo dos leigos na celebração eucarística e a substituição da Missa por celebrações ecuménicas. O debate sobre os abusos litúrgicos no Sínodo dos Bispos de 2005 constitui a terceira parte de um processo iniciado por João Paulo II com a publicação da encíclica “Ecclesia de Eucharistia” e continuado com a referida Instrução da Santa Sé.
Os documentos preparatórios do Sínodo deixavam adivinhar que os assuntos litúrgicos iriam dominar os trabalhos da assembleia. Em 2004, o Conselho da secretaria geral so Síndo dedicou ao tema da Eucaristia algumas sessões de trabalho, que, com a ajuda de especialistas, levaram a um texto dos “Lineamenta”, o primeiro passo da consulta universal, que deu a possibilidade a todas as Igrejas particulares, espalhadas pelo mundo, de entrarem no processo sinodal com a reflexão, a oração e as sugestões mais oportunas.
Um questionário procurou saber, junto de cada diocese, qual a frequência na participação da Missa, qual a ideia dominante que os sacerdotes e os fiéis das comunidades têm da Eucaristia, quais os aspectos negativos (abusos, ambiguidades) que se podem constatar no culto e se há cumprimento das normas litúrgicas, entre outras.
Todas estas indicações ganharam forma no “Instrumentum Laboris”, publicado em 2005, que constitui a base de trabalho do Sínodo.

Fonte Ecclesia

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