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Beatificações têm novas normas
2005-09-30 22:25:07

A Congregação para as Causas dos Santos, presidida pelo Cardeal português D. José Saraiva Martins, publicou hoje uma comunicação sobre os novos procedimentos nos ritos de beatificação. O documento reflecte as mudanças acontecidas, neste âmbito, desde o início do pontificado.

As novas disposições confirmam a práxis vigente com Bento XVI: a canonização, “que atribui ao Beato o culto para toda a Igreja”, será presidida pelo Papa, mas a beatificação, “que é sempre um acto pontifício”, será celebrada por um representante do Papa – “por norma o Prefeito para a Congregação das Causas dos Santos”.
A decisão é tomada em função de “razões teológicas e exigências pastorais”, afirma o documento.
De acordo com as novas normas, o rito de beatificação “deverá desenrolar-se na diocese que promoveu a Causa do novo beato, ou noutra localidade tida como idónea”. A hipótese de que a beatificação tenha lugar em Roma fica em aberto, desde que haja um pedido dos “Bispos e dos autores da Causa” e um parecer positivo da Secretaria de Estado do Vaticano.
Os novos procedimentos definem ainda que a beatificação terá lugar na celebração eucarística, “a menos que razões particulares sugiram que o rito aconteça no decorrer da celebração da Palavra o da Liturgia das Horas”.
A decisão de Bento XVI de não presidir às cerimónias de beatificação retoma uma tradição interrompida em 1971, quando Paulo VI e depois João Paulo II decidiram passar a presidir a este tipo de cerimónia.
De facto, segundo a tradição, não era o Papa quem celebrava as beatificações, nem mesmo quando se realizavam em Roma, na Basílica de S. Pedro. O rito era celebrado por um Bispo ou por um Cardeal, delegado do Santo Padre. Foi Paulo VI, precisamente em 1971, que presidiu na Basílica de S. Pedro à cerimónia de beatificação de Maximiliano Maria Kolbe - era a primeira vez que isso acontecia. Depois, por ocasião do Ano Santo de 1975 que viu incrementar as cerimonias de beatificação, Paulo VI tornou estável esta decisão e passou a presidir pessoalmente às beatificações até ao fim da sua vida.
A práxis introduzida por Paulo VI foi seguida constantemente por João Paulo II, que até mesmo durante as numerosas e frequentes viagens apostólicas e pastorais, nos vários continentes e países, começou a efectuar naquelas Igrejas o rito da beatificação, para além das solenes concelebrações eucarísticas.

Fonte Ecclesia

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