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Hans Küng satisfeito após encontro com Bento XVI
2005-09-27 22:17:20

O teólogo suíço Hans Küng, suspenso do ensino pelo Vaticano em 1979, manifestou-se hoje muito satisfeito por se ter encontrado com Bento XVI, considerando a reunião como “um sinal cheio de esperança”.

Em declarações ao jornal “Süddeutschen Zeitung”, Küng revelou que o encontro do passado sábado resultou de uma troca de correspondência com o Papa, começada pouco tempo depois da eleição de Joseph Raztinger.
Confessando que a conversa com Bento XVI decorreu “sem nenhuma polémica”, Hans Küng destacou que o Papa “foi um interlocutor atento e aberto”.
Segundo o comunicado da Santa Sé, o Papa e Küng encontraram-se “num clima amigável” e concordaram que, no quadro da reunião, “não faria sentido entrar numa disputa relativamente às questões doutrinais persistentes” entre o teólogo suíço e o Magistério da Igreja Católica.
O colóquio centrou-se em duas temáticas, consideradas de particular interesse para o trabalho de Hans Küng: “a questão da ética mundial (Weltethos) e o diálogo da razão das ciências naturais com a razão da fé cristã”.
Aproveitando o encontro, Hans Küng sublinhou que o projecto da Weltethos “não é uma construção intelectual abstracta”, afirmando que o objectivo é “destacar os valores morais sobre os quais as religiões do mundo convergem, apesar de todas as diferenças”.
O Papa, por seu lado, manifestou “apreço pelo esforço do Professor Küng” na procura de um “renovado reconhecimento dos valores morais essenciais da humanidade, através do diálogo das religiões e no encontro com a razão secular”. Bento XVI sublinhou que o compromisso por uma renovada consciência dos valores que sustentam a vida humana “é um objectivo importante” do seu pontificado.
Hans Küng foi professor de teologia na Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma, e em Tubingen, na Alemanha, onde se cruzou com o Papa, após terem participado, como jovens teólogos, no Concílio Vaticano II. Actualmente é Presidente da Fundação para a Ética Global.
Para Küng, o encontro de sábado foi a realização de um anseio antigo e serviu para discutir “não documentos, mas missões e problemas”. No final do encontro o Papa convidou Hans Küng para uma refeição em conjunto.

Fonte Ecclesia

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