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Vaticano obriga padre a corrigir os seus escritos
2001-05-16 13:45:38

O padre espanhol Marciano Vidal, que defendeu a homossexualidade, a masturbação, a contracepção e a inseminação artificial na sua obra, foi chamado à atenção pelo Vaticano e obrigado a reescrever os seus escritos, revela um documento publicado na terça-feira pelo gabinete de imprensa da Santa Sé.

O padre Vidal, de 64 anos, afirmou que a gravidade da masturbação "não foi provada" - pelo que o juízo da moral católica, segundo o qual os actos de auto-erotismo são acções intrinsecamente más, "não seria justo".

Em relação ao aborto, o padre Vidal afirma que "toda a liberalização jurídica do aborto não é directamente contrária à ética" católica, e que embora o Vaticano condene a "pílula do dia seguinte, esta não é abortiva, podendo ser aceitável em situações de particular gravidade, se for impossível recorrer a outros métodos".

Relativamente à contracepção, o padre considera que "a utilização moral dos métodos estritamente anticoncepcionais deve ser objecto de discernimento responsável da parte dos cônjuges". O religioso espanhol afirma ainda que a "doutrina da Igreja sobre a homossexualidade possui alguma coerência mas não tem fundamento bíblico suficiente".

"Semelhantes afirmações são incompatíveis no plano moral com a doutrina católica, segundo a qual existe um julgamento preciso e fechado sobre a moralidade das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo", comenta a Congregação para a Doutrina da Fé que julgou o teólogo.

Foi exigido ao padre "o reconhecimento escrito dos erros e ambiguidades constatadas", aceitando o teólogo reescrever as suas obras segundo as formas estabelecidas pelo antigo Tribunal do Santo Ofício, encarregado de defender a pureza da doutrina católica.

Fonte DN

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