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Igreja pede condições para a disciplina de Religião
2005-06-14 22:54:25 Com o aproximar do novo ano lectivo, a Igreja Católica alerta pais e encarregados de educação para a importância do ensino religioso nas escolas. Em causa está a matrícula na disciplina de Educação Moral e Religiosa, que é facultativa, mas de oferta obrigatória pelas escolas.
A Comissão Episcopal da Educação Cristã está preocupada com a situação do primeiro ciclo do Ensino Básico onde a disciplina de Religião e Moral está em horário extra-curricular.
"É uma disciplina facultativa que os pais podem escolher mas que não pode ser dada dentro do período da leccionação normal das 25 horas. Se as escolhas não tiverem condições para leccionar mais uma hora é a mesma coisa que dizer que é inviável a leccionação da educação moral e religiosa", disse D. Manuel Pelino à Rádio Renascença.
O Bispo de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã considera que, ano após ano, os sucessivos governos têm adiado uma solução e, na prática, a manutenção desta vigésima sexta hora torna impossível a leccionação da disciplina
"A decisão de ter ou não a educação moral e religiosa católica como disciplina integrante do programa é aos pais que pretende decidir. As nossas escolas, o nosso Ministério da Educação reconhecem esse direito mas depois na prática não dão espaço compatível com a leccionação desta disciplina", acrescenta.
A Igreja tem procurado dar tempo ao novo Governo para que conheça os dossiers, mas a questão de fundo, como explica D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, tem sobretudo a ver com uma visão laicista da vida e da cultura.
"Esta laicidade mal entendida e mal interpretada, que pretende fazer tábua rasa de toda uma história e, naturalmente, poderá conduzir o país e a sociedade para uma vida sem valores, sem critérios, sem perspectivas, quando uma formação cristã levaria ao convívio entre todos, a aceitação da diferença, ao reconhecimento da diversidade e de tantos outros valores", refere.
Fonte Ecclesia
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