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Ladrões atacam igrejas e vão à caixa das esmolas
2005-05-19 22:23:30

O padre Ricardo António da Silva, prior das paróquias de Árvore e Azurara, nos arredores de Vila do Conde, anda revoltado: “Foram três igrejas assaltadas em poucas horas, todas aqui na zona. Isto tem sido sempre a aviar”. Na última quarta-feira, de madrugada, também as suas igrejas foram atacadas por um gang que a GNR ainda não conseguiu identificar.

A onda de assaltos não tem parado: “Já se pode falar em gang das igrejas. Na semana anterior, foram mais três, em Guilhabreu, Gião e Vilar Pinheiro. Isto tem sido uma razia”, disse o pároco ao Correio da Manhã. “Podia ter sido bem pior. Felizmente não vinham à procura de arte sacra. Era só valores menores, mas como não temos seguro, o prejuízo é significativo”, disse.



Os assaltos a igrejas começaram na freguesia do Mindelo, a 15 quilómetros do Porto. Mas a quadrilha não teve muita sorte. Não contavam com um alarme, que, ao forçarem a porta, disparou. Alertado pela sirene, “o padre de Mindelo, de caçadeira em punho, disparou para o ar e os ladrões dispersaram rapidamente”, relata o padre Ricardo Silva.



Seguiu-se a Igreja de Árvore, onde tudo foi mais fácil. Sem alarmes ou câmaras de vídeo, arrombaram a porta da torre do sino, fizeram um buraco na parede e passaram. Furtaram uma televisão, uma aparelhagem de som e um vídeo. “Tudo junto deve dar um prejuízo de 4000 euros. Ainda procuraram dinheiro, mas aqui não havia nenhum”, diz o pároco.



O padre Ricardo Silva não tem dúvidas sobre o motivo dos crimes: “Isto só pode ser para a droga. Só pessoas muito desesperadas é que podiam fazer um assalto com este aparato para roubarem tão pouco”.



Depois, foi a igreja de Azurara, onde deixaram espalhadas velas e flores pelo chão. Os intrusos chegaram ao pátio, utilizaram uma mangueira como corda para subir até à varanda do salão e partiram a janela. “Roubaram dez caixas de esmolas com cerca de 500 euros. Não retirávamos o dinheiro há um mês ”, lamenta o padre. A GNR de Vila do Conde tenta deslindar o caso, mas até agora sem sucesso.



A Igreja de Azurara, Vila do Conde, foi assaltada pela segunda vez em cinco meses. A primeira foi em Dezembro. “Ainda se podem ver as marcas do pé-de-cabra com que forçaram as portas, mas não conseguiram levar nada”, disse o chaveiro da paróquia, Manuel Lopes.



A GNR passou toda a manhã na igreja a analisar as impressões digitais dos larápios e a recolher indícios que levem até ao grupo.

Fonte CM

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