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750 mil fiéis «comunga» na televisão
2005-05-13 22:24:46

A transmissão da eucaristia dominical na TVI e RTP e a exibição de programas de cariz religioso continuam a ter fiéis seguidores na televisão portuguesa.

No dia em que se assinala mais um 13 de Maio, o DN fez as contas às audiências dos programas que têm a religião como prato do dia. E os números não deixam margem para dúvidas todos os domingos, cerca de 745 mil pessoas seguem a missa pela televisão. A cerimónia litúrgica transmitida pela TVI é a de mais forte implantação. Em 2005, a missa do antigo canal de inspiração cristã regista uma audiência média de 452 mil espectadores, enquanto a da RTP1 se fica pelos 293 mil. Tudo somado temos 745 mil fiéis, sendo que neste tipo de programa, e dado o perfil do espectador, o peso do zapping é residual.



Para Moisés Espírito Santo, sociólogo da religião, "esta realidade é um sinal dos novos tempos, em que desaparece a obrigatoriedade dos ritos do sacramento". "As práticas da salvação implicam uma assistência presencial, mas essa tradição está cada vez mais a desaparecer, sendo substituída por uma vivência espiritual mais livre, que se traduz numa grande variedade de manifestações, mas também na televisão", observa o docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Dos magazines religiosos oferecidos pelas televisões portuguesas, o Oitavo Dia (domingo, 12.30, na TVI) é o que atrai mais adeptos. Desde Janeiro deste ano, o programa foi para o are 14 vezes. Segundo os dados da Marktest compilados pelo DN, a audiência média é de 490 mil pessoas. A grelha da 2 integra três programas de cariz religioso. O mais antigo, o 70 x 7 (domingo, 09.30), é também o mais visto, com uma audiência média de 73 mil portugueses. Logo a seguir, surge Caminhos (domingo, 09.00), que prende ao pequeno ecrã 61 mil crentes. Finalmente, aparece o magazine diário A Fé dos Homens (18.00), dedicado a diversas confissões religiosas, com 42 mil seguidores. "Esta tendência vai continuar e até reforçar-se", sublinha Moisés Espírito Santo, para quem o surgimento de "padres vedeta", como José Luís Borga, que anima a Praça da Alegria (RTP1) "favorece a motivação das pessoas para a espiritualidade".

Fonte DN

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