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Comoção e gratidão de hebreus, muçulmanos e budistas, a João Paulo II
2005-04-06 22:32:10

Depois da morte do Papa, continuam a chegar, por email, impressões do Movimento dos Focolares no mundo.

Especialmente significativas são agora as expressões de íntima participação e gratidão a João Paulo II dos amigos hebreus, muçulmanos e budistas que espontaneamente as quiseram comunicar aos centros do Movimento.
Mundo hebraico
Impressões dos amigos hebreus da Argentina e Uruguai
"A atitude do Papa construiu pontes” (Rabino Daniel Goldman - Buenos Aires)
"Haverá um antes e um depois na história, graças a João Paulo II" (Rabino Adrián Herbst - Buenos Aires)
“Foi o Papa que mais trabalhou no diálogo judaico-cristão. A sua grandeza foi o ter pedido perdão pelos erros cometidos no passado e, assim como ele nos definiu “os irmãos mais velhos” hoje podemos dizer que morreu João Paulo II “o nosso irmão mais velho” (presidente da AMIA, Associação Mútua Hebraica Argentina, Abraham Kaul)
“O povo hebreu nunca tinha experimentado um sentimento assim pelo Papa, por aquilo que ele fez por nós” (uma amiga hebreia da Comissão de Associações femininas Hebraicas, Uruguai)

Mundo muçulmano
Impressões da Turquia, Argélia e Estados Unidos
Na Turquia as primeiras pessoas a contactar com o focolar de Istambul, foram os nossos amigos muçulmanos.
Uma senhora, comovida, dizia: «Parece-me que é a minha alma, uma parte de mim, que está a morrer”.
Um estudante: «Peço a Deus que não nos deixe sem pessoas como ele... Também eu, tal como todas as pessoas do mundo, estão ao seu lado neste momento de sofrimento e rezo com os nossos amigos cristãos».
Da Argélia: Um casal muçulmano lembrava-se que o Papa tinha estado em Marrocos e que tinha impressionado pela sua abertura diante dos 10.000 jovens, em Casablanca. Esta manhã disse-nos: «O Papa é um santo! Fez muito pelo mundo, teve muita coragem. Fez aquilo que Deus queria. Era contra as divisões e as guerras. Foi um pai para nós».
Dos Estados Unidos chegaram impressões de alguns Imãs com quem há algum tempo os focolares estão em diálogo:
“Em João Paulo II vivia a ‘essência’ de Cristo servindo todas as pessoas, não só os católicos, mas estendendo a mão a todos, para que tivessem uma vida melhor. Bateu às portas da consciência dos líderes do mundo para que reconhecessem os seus deveres de fazer mais pelas pessoas necessitadas de todas as partes do mundo. Este facto atraiu-me e eu comuniquei-o aos meus seguidores” (Imã W. D. Mohammed - líder de 2 milhões de muçulmanos afro-americanos)
“Com este Papa senti um relacionamento especial. Apreciei sobretudo as suas palavras ao mundo depois do 11 de Setembro, quando disse que aquilo que tinha acontecido não era por causa da religião. Foi muito encorajador e comovente. Considero-o um irmão, um amigo, um membro da família. Vai-me fazer falta, mas sei que aquilo que ele começou viverá para sempre” (Imã Sultan Salahuddin, Chicago)
“Não posso pensar noutra pessoa da história recente que tenha uma tal grandeza e que tenha tido um tal impacto na sociedade e no mundo. Trabalhou para que viesse fora o que existe de mais belo na humanidade” (Imã Bilal Muhammed, Kansas City)
“A sua vida, aquilo que ele fez, e as suas acções mudaram a visão do mundo acerca das diferenças étnicas. Observei-o durante anos e vi as mudanças que foram como um efeito em cadeia em toda a humanidade. Apreciei o facto de ter abraçado o Islão num momento em que não era muito popular aproximar-se de nós” (Ijlal Munir, muçulmana e manager de uma empresa de W. D. Mohammed, Chicago)
“João Paulo II teve uma força espiritual que foi muito para além das barreiras religiosas. Teve uma influência espiritual fenomenal que contagiou todos” (Dr. Imã Mikal Ramadam, Chicago)
“O Papa João Paulo II é um dos grandes sinais históricos e maravilhosos do amor pela humanidade do Grande Misericordioso, do Grande Benfeitor. Com a sua corajosa defesa da liberdade, justiça e igualdade entre os membros da família humana, fez-nos recordar a nossa responsabilidade individual e colectiva para utilizar os recursos que Deus nos deu para o serviço da humanidade”. (Imã Malik Shabazz, da mesquita de Beacon – Nova Iorque)

Mundo budista
Das impressões chegadas do Japão e da Tailândia:
Do focolar de Tóquio: “Os nossos amigos budistas vivem connosco estas horas com um enorme afecto e intensidade”.
“Agora o mundo inteiro está em oração por João Paulo II, figura histórica enorme, líder excepcional da paz, porque nele todos vêem Deus” (Rev. Nissho Takeuchi, da Nichirenshu, Templo Myokenkakuji – Osaka)
Um budista que esteve em Roma e se encontrou com o Papa: “A minha filha, que tem agora 9 anos, desde pequena que teve uma certa estima pelo Papa. Ainda hoje me vem muitas vezes à mente a figura de João Paulo II que nos fez sentir este calor, mesmo se não somos cristãos. Também eu, como homem, quero viver a minha vida seguindo o coração do Papa. Parece-me impossível que ele esteja agora neste estado... realmente, só sinto de lhe agradecer. E que possa repousar em paz”. (Koichi Kawamoto, do movimento Rissho Kosei Kai)
“A figura do Papa foi para mim um modelo de vida. Vi o Papa numa audiência pública na Praça de S. Pedro, que saudava as pessoas doentes ou em cadeiras de rodas, ‘perdendo’ tempo com esta gente. E vi que o fazia com muito amor, descobrindo que para o Papa a existência destas pessoas é “preciosa”. Quando voltei para o Japão, quis fazer a mesma coisa seguindo o seu exemplo: chamei as pessoas deficientes ou doentes dos templos budistas que me estão confiados para as saudar e conhecer” (Rev. Yasuo Koike - responsável do movimento Rissho Kosei Kai de Chiba, perto de Tóquio)
Os amigos budistas do Movimento dos Focolares na Tailândia unem-se ao mundo cristão para rezar por ele, com afecto e respeito profundo e fazem-nos chegar as suas condolências:
Na sala do Grã Mestre Ajhan Thong, em Chiang Mai, está pendurada uma grande fotografia dele com o Santo Padre por ocasião de uma audiência no Vaticano. Desde aquela altura fala frequentemente aos seus seguidores acerca da grandeza espiritual do Papa para o mundo inteiro. Durante estes dias está a rezar de modo especial pelo Papa.
o O monge Phramaha Thongrat telefonou a dizer que o Papa não é só um grande irmão, é seu pai! (Os budistas tailandeses chamam “pai” ou “mãe” às pessoas de grande espiritualidade, guias espirituais importantes para a sua vida). E quis dedicar-lhe uma poesia:
O meu pai foi para o Paraíso
Durante os longos anos em que o meu pai morava no Vaticano
Brilhava a beleza e reinava a alegria.
Hoje, sem ele, a cidade está vazia.
Admiração, sofrimento e lágrimas: tudo fala do seu imenso amor.

Sim, amor é a palavra que ele pronunciou para o mundo inteiro.
A sua mensagem mudou o percurso de cada homem.
A sua herança permanecerá para sempre, até aos últimos confins da terra:
fundamento para a paz verdadeira, para um mundo que nunca mais conhecerá o mal.

Hoje o meu pai foi para o Paraíso;
concluiu o caminho terreno e vai-se embora...
Mas o seu coração estará sempre cheio de alegria que transborda.
O meu pai indicou-me o caminho dos sábios que leva à sabedoria eterna.
Phramaha Thongrat, monge budista

Movimento dos Focolares

Fonte Ecclesia

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