paroquias.org
 

Notícias






D. José Policarpo apresenta o Papa como exemplo no sofrimento
2005-03-22 06:17:28

O Cardeal-Patriarca de Lisboa apresentou ontem João Paulo II como um exemplo para todos os que vivem horas de sofrimento.

"Ele percebeu que contribui tanto para a evangelização e para a salvação do Mundo neste apagamento doloroso da sua vida, enfraquecida pela idade e pela doença, como pelas suas viagens triunfais pelas cinco partes do mundo", afirmou D. José Policarpo na homilia da missa de Domingo de Ramos.
"Esta compreensão da fecundidade apostólica do sofrimento e do apagamento da vida só é possível à luz da Páscoa e abre-nos para a compreensão da misteriosa fecundidade da morte de Cristo", sublinhou.
Na cerimónia que marca o início da Semana Santa, o Cardeal-Patriarca destacou na Sé de Lisboa os dramas vividos nos hospitais e nas prisões como “acontecimentos ou realidades humanas” necessitados de “abrir as inteligências e os corações para o sentido humano e libertador da morte de Cristo”.
“E se visitássemos os hospitais, onde se encontra concentrado o drama do sofrimento humano, ou os lares para idosos, onde a velhice e a doença são terra onde germina dificilmente a alegria? E as prisões, onde ao desgaste da culpa se acrescenta a humilhação da pena e a perda da liberdade, alterando profundamente o horizonte da vida?”, lançou D. José Policarpo, que recentemente visitou, como bispo da diocese, a Casa de Saúde do Telhal, o hospital Curry Cabral e o Estabelecimento Prisional de Lisboa.
O Cardeal-Patriarca falou ainda dos desempregados e das “vítimas inocentes de guerras, de terrorismos e conflitos” para frisar que ninguém pode ficar indiferente a estas situações. “Enquanto a sociedade, como um todo, passar ao lado, indiferente a todo esse sofrimento, centrada, apenas, no aumento de riquezas e comodidades, fazendo da perda do poder de compra o seu principal problema, dificilmente os corações se abrirão à esperança libertadora de que a morte de Cristo é sinal eficaz”, defendeu.
“Olhemos o nosso mundo, não ignoremos as traições e os que estão dispostos a tudo por dinheiro, ou a indiferença dos amigos na hora da provação, ou as incertezas da justiça humana. Olhemos o nosso mundo de frente, porque também essas fraquezas fazem parte da sociedade que queremos transformar; olhemo-lo, não para condenar, mas para compreender, à luz do drama humano, como continua a ser importante que um homem, Jesus Cristo, tenha suportado tudo isso, tenha oferecido e vencido tudo isso, no amor”, apontou.

Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia