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Mensagem do Papa para o funeral da Irmã Lúcia
2005-02-16 18:39:33

Ao venerável irmão Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra,
Com profunda emoção tomei conhecimento que a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, com 97 anos de idade, foi chamada pelo Pai celestial para a mansão eterna do Céu. Ela, assim, atingiu a meta para a qual sempre aspirou na oração e no silêncio do Convento.


A liturgia destes dias lembrou-nos que a morte é a comum herança dos filhos de Adão, mas ao mesmo tempo deu-nos a certeza de que Jesus, com o sacrifício da cruz, abriu-nos as portas da vida imortal. Essas certezas da fé nós as recordamos no momento em que damos a nossa derradeira saudação a essa humilde e devota Carmelita que consagrou a sua vida a Cristo, Salvador do mundo.
A visita da Virgem Maria, que a pequena Lúcia recebeu em Fátima, junto aos seus primos Francisco e Jacinta, em 1917, foi para ela o início de uma singular missão, à qual se manteve fiel até ao fim dos seus dias. A Irmã Lúcia deixa-nos um exemplo de grande fidelidade ao Senhor e de gozosa adesão à sua divina vontade.
Lembro com emoção os vários encontros que tive com ela e os vínculos de amizade espiritual que ao longo do tempo se foram intensificando.
Sempre me senti amparado pela oferta quotidiana da sua oração, especialmente nos duros momentos de provação e de sofrimento. Que o Senhor a recompense amplamente pelo grande serviço que prestou à Igreja!
Apraz-me pensar que para acolher a Irmã Lúcia na sua piedosa passagem desta terra para o céu, tenha sido precisamente aquela que ela viu em Fátima, já faz tantos anos. Queira agora a Virgem Santíssima acompanhar a alma desta sua devota filha ao bem-aventurado encontro com o esposo divino.
Confio-lhe, venerável irmão, a tarefa de assegurar às religiosas do Carmelo de Coimbra a minha proximidade espiritual ao conceder penhor de consolação neste momento da separação uma afectuosa bênção, extensiva aos familiares, a vós, ao Cardeal Tarcisio Bertone, meu enviado especial, e a todos os participantes no sagrado rito de sufrágio.

Vaticano, 14 de Fevereiro de 2005,
João Paulo II

Fonte Ecclesia

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