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Papa rejeita a eutanásia e destaca o valor dos idosos na sociedade
2005-01-27 19:06:23

João Paulo II reafirma a sua posição contrária à eutanásia na Mensagem para a Quaresma de 2005 e pede à sociedade que saiba reconhecer o valor dos idosos.
“A vida do homem é um dom precioso que se deve amar e defender em todas as suas fases.


O mandamento ‘Não matarás!’ pede que ela seja respeitada e defendida sempre, desde o seu início até ao seu fim natural”, escreve o Papa num texto que tem como pano de fundo uma citação bíblica do Deuteronómio: É Ele "a vida e a longevidade dos teus dias" (30, 20).
Como contraponto à solução eutanásica, a Mensagem aponta para as curas paliativas considerando que estas, “com uma aproximação integral do doente, se demonstram particularmente benéficas para quem permanece longamente hospitalizado”.
O Papa ataca duramente “uma certa mentalidade corrente, que considera quase inúteis estes nossos irmãos e irmãs (idosos, ndr), quando são limitados nas suas capacidades pelas dificuldades da idade ou pela doença”.
Na sua Mensagem, lembra que a sociedade de hoje, graças ao contributo da ciência e da medicina, assiste a um prolongamento da vida humana e a um consequente aumento do número de idosos. Nesse sentido, o Papa pede que os católicos de todo o mundo se dediquem a reflectir sobre este tema durante a Quaresma, “para aprofundar a consciência do papel que os idosos estão chamados a desempenhar na sociedade e na Igreja, e dispor assim o coração para o acolhimento amoroso que lhes deve ser sempre reservado”.
“A assistência aos idosos, sobretudo quando passam por momentos difíceis, deve ser preocupação dos fiéis, especialmente nas Comunidades eclesiais das sociedades ocidentais, onde o problema está particularmente presente”, escreve.
A Mensagem exige que se dedique uma atenção mais específica “ao mundo da chamada ‘terceira’ idade, para ajudar os componentes a viver plenamente as suas capacidades, pondo-as ao serviço de toda a comunidade”.
“É preciso fazer crescer na opinião pública a consciência de que os anciãos constituem, em qualquer caso, um recurso que deve ser valorizado. Por conseguinte, devem ser incrementados os apoios económicos e as iniciativas legislativas que lhes permitam não ser excluídos da vida social”, assinala João Paulo II.
Partindo da sua própria experiência pessoal de 84 anos, o Papa assegura que “o maior tempo disponível nesta fase da existência oferece às pessoas idosas a oportunidade de se confrontarem com interrogações fundamentais, que antes talvez tenham sido descuidadas devido a interesses urgentes ou considerados prioritários”.
Sobre a morte, João Paulo II escreve que “a consciência da proximidade da meta final leva o idoso a concentrar-se sobre o que é essencial, dando importância àquilo que o passar dos anos não destrói”. “É necessário habituar-se a pensar com confiança no mistério da morte, para que o encontro definitivo com Deus se realize num clima de paz interior”, aconselha.
Às comunidades católicas de todo o mundo, o Papa deixa votos de que a Quaresma, período espiritual e litúrgico de preparação para a Páscoa, seja “um tempo propício para intensificar a nossa oração e penitência, abrindo o coração à dócil aceitação da vontade divina”.

Fonte Ecclesia

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