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Bispos Espanhóis Recuam na Aprovação do Preservativo
2005-01-20 10:32:20

O bispo espanhol José Luis Redrado Marchite, secretário do Conselho Pontifical para a Saúde, disse ontem ter dúvidas de que a Igreja do seu país tenha defendido a utilização do preservativo como meio de prevenção contra a sida. E manifestou-se contra o preservativo, lembrando que "a moral católica reprova" este meio de prevenção.

O alto prelado precisou que ainda não tinha conseguido contactar os responsáveis da Igreja espanhola depois das declarações do seu porta-voz, que entre outras coisas declarou que "o preservativo tem o seu lugar no contexto da prevenção integral e global da sida". O tema levantou ontem acesa polémica no país, e sobretudo no seio da conferência episcopal, que de manhã anunciou estar a preparar um comunicado de esclarecimento. Este, no entanto, só seria conhecido já de noite, e para dizer que, afinal, tudo não passou de uma "má interpretação dos jornalistas".

As reacções surgem depois de, na terça-feira, o porta-voz da Conferência Episcopal espanhola ter surpreendido tudo e todos, ao declarar que "o preservativo tem o seu lugar no contexto da prevenção integral e global da sida" e manifestar a vontade da instituição em "colaborar" com o Governo socialista espanhol na luta contra este problema "grave".

"Foi a primeira vez que um representante da igreja espanhola se manifestou de uma forma tão clara a favor do uso do preservativo", comentava o "El Pais" na sua edição de ontem. Juan Camino, que ainda há dois meses classificava como "falsa" a afirmação de que o preservativo evita a transmissão da sida, explicou que a posição da conferência episcopal está apoiada na chamada estratégia ABC, que se baseia em estudos científicos que defendem a abstinência, a fidelidade ("be faithful" em inglês) e o uso de preservativos ("condoms"). A estratégia foi publicada em Novembro pela revista médica "The Lancet". Entretanto, fontes oficiais do Vaticano limitaram-se a afirmar que não está previsto qualquer tipo de comentário sobre esta matéria.

Há cerca de um mês, João Paulo II ofereceu 100 mil euros à "Bom Samaritano", uma fundação do Vaticano criada para assistir as vítimas da sida em todo o mundo.

Fonte Público

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