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Portugueses já copiaram uma Bíblia completa
2004-11-16 18:41:36

Os portugueses parecem ter assumido definitivamente o desafio lançado pela Sociedade Bíblica Portuguesa (SBP) para assumirem o papel de copista das Escrituras no projecto "A Bíblia Manuscrita".

O coordenador geral da iniciativa, Alfredo Abreu, referiu à Agência ECCLESIA que só no dia 13 de Novembro os vários "scriptoria" no país tinham duplicado o número de copistas de todo o fim-de-semana anterior. Para o próximo fim-de-semana é mesmo esperada “uma enchente”.
Neste momento, foram já transcritos bem mais do que os 35.704 versículos que compõem a Bíblia. “A nossa ideia é completar, pelo menos, um segundo exemplar, para em conjunto com a Bíblia Manuscrita Jovem ficarmos com três Bíblias escritas à mão, o que é um esforço bem considerável”, revela Alfredo Abreu.
Neste fim-de-semana houve casos em que a abertura dos locais de escrita teve de ser antecipada e, um pouco por todo o país, as mesas estiveram sempre ocupadas. Nos passados dias 10 e 11, um “scriptorium” para universitários, montado em Lisboa, acrescentou mais algumas centenas de copistas ao projecto.
O último fim-de-semana desta iniciativa será 20 e 21 de Novembro, e haverá uma cerimónia de encerramento na Alfândega do Porto. A SBP conta com a presença do primeiro-ministro Pedro Santana Lopes para essa ocasião, à imagem do que aconteceu com o Presidente da República, Jorge Sampaio, na Gala de Abertura nacional de «A Bíblia Manuscrita», em Lisboa.

Muito mais que a escrita
O projecto “A Bíblia Manuscrita” foi considerado pelos seus promotores, desde o início, como um verdadeiro “movimento cívico”, recusando intenções de proselitismo e propaganda. “Esta iniciativa serve para valorizar a nossa memória comum”, esclareceu Alfredo Abreu, coordenador geral de “A Bíblia Manuscrita”.
Além do reconhecimento do património histórico ligado a esta Obra, o presente projecto quer promover a participação geral em vários campos, para que se perceba qual o lugar da Bíblia no futuro. Para além das igrejas e organizações religiosas (católicas e protestantes), outros agentes da sociedade civil irão participar com iniciativas próprias: escolas e universidades, autarquias e entidades públicas nacionais, editoras e bibliotecas, órgãos de comunicação social, poderão organizar e promover conteúdos e publicações, cursos e colóquios, conferências e exposições relacionados com a Bíblia.
A Biblioteca Pública de Braga apresenta no átrio do Salão Medieval a mostra bibliográfica "Algumas Bíblias" (sécs. XVI/XIX). A mais antiga é um incunábulo impresso em Basileia em 1491 e que pertenceu ao Convento de S. Frutuoso. Encontram-se depois inúmeros exemplares em diversos formatos, com ou sem ilustrações, de Bíblias dos séculos XVI a XIX, escritas em diferentes línguas (hebraico e grego, latim, espanhol, italiano, francês e alemão), impressas em cidades como Paris e Lyon, Veneza e Pádua, Barcelona, Antuérpia e Colónia, entres outras.
Ontem, na Aula Magna da reitoria da Universidade de Lisboa, onde está montado o "scriptorium" da capital, tiveram várias actividades culturais paralelas.
O Centro Nacional de Cultura, em parceria com a Sociedade Bíblica de Portugal está a organizar uma exposição dos trabalhos dos alunos da Escola de Santa Teresinha, com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos, subordinada ao tema “Histórias da Bíblia na imaginação das crianças”.
A Pastoral Universitária do Porto promove “cinco diálogos sobre a Bíblia” que visam uma abordagem da Sagrada Escritura “segundo as exigências e os desafios da população universitária”. Estes diálogos acontecem às quintas--feiras, às 21:30 horas, e têm entrada livre: 18 de Novembro - A Bíblia e história, Auditório da Reitoria da UP; 25 de Novembro - A Bíblia e economia, Fundação Engº António de Almeida; 2 de Dezembro - A Bíblia e religião, Auditório da Reitoria da UP.
Na próxima semana, serão três os programas televisivos transmitidos pela 2: que dizem respeito ao projecto. Na quarta-feira, 117 de Novembro, será o programa “Causas comuns” a falar das traduções da Bíblia; no dia seguinte, no “Conselho de Estado” estará em destaque o papel da Escritura no diálogo entre as Religiões do Livro – Cristianismo, Judaísmo e Islamismo; sexta-feira, 19 de Novembro, pelas 22h30, será a vez de voltar a ver o concerto da gala de abertura de “A Bíblia Manuscrita”.

Fonte Ecclesia

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