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Jornais católicos avançam para projectos empresariais
2004-09-25 19:56:04

O presidente da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), Pe. Salvador Santos, defendeu hoje em Fátima que os títulos deverão optar por “projectos empresariais viáveis” para enfrentar os novos desafios que se lhes apresentam.

No final das Jornadas de Comunicação Social, o responsável traçou um balanço das reuniões realizadas pelo país, no Porto, Fátima, Turcifal e Beja, com os associados da AIC. Segundo Salvador Santos, há neste momento uma “preocupação com o futuro para estes suportes escritos”, por causa da nova legislação sobre o porte-pago, a reduzida adesão de novos leitores, os custos acrescidos dos impostos devido à revisão da Concordata e o cansaço de alguns responsáveis.
A necessidade de reforma, que ficou evidente neste périplo pelo país, passa pela criação de projectos empresariais, de parcerias para a rentabilização de recursos, a renovação tecnológica e a formação.
Para o futuro, a AIC propõe a fusão de alguns projectos locais, a criação de suplementos/separatas comuns, a valorização da informação regional e a negociação em conjunto das tabelas de publicidade.
“A AIC deve funcionar como um grupo de pressão junto da tutela, de apoio técnico e jurídico aos jornais e com um papel de formação", referiu. Nesse sentido, a Associação pondera encomendar um estudo à Universidade Católica Portuguesa sobre o estado da comunicação social portuguesa.
Para Salvador Santos, “todos os jornais que existem não são demais” e mesmo os geralmente criticados boletins paroquiais foram classificados como um símbolo do “jornalismo de vizinhança”.
O plano de renovação, que vai ser abordado em pormenor na assembleia- geral da AIC agendada para Fevereiro de 2005, intitula-se “Projecto Convencer” e pretende solucionar, com uma abordagem criativa e empresarial, os problemas com que a imprensa de inspiração cristã se debate.
Manuel Vicente Ferreira, um dos responsáveis do projecto, disse na sua intervenção que as soluções passam por “acompanhar de forma criativa o desempenho empresarial, conhecer oportunidades e fraquezas, ter consciência dos resultados e ser socialmente responsáveis”.
Parcerias pontuais ou alargadas, fusões, mais investimento e mesmo o encerramento de alguns jornais forma os caminhos apresentados.
“Ou os senhores bispos e os senhores padres se convencem de que têm de mudar ou continuam a fazer o mesmo de sempre e a curva demográfica vai encarregar-se de fechar os jornais”, alertou este gestor e docente universitário.

Fonte Ecclesia

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