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Novo livro sobre Pio XII
2004-09-14 21:26:19

A intervenção da Santa Sé para impedir a perseguição dos judeus na Eslováquia durante a II Guerra Mundial é uma das revelações feitas pelo livro de D. Walter Brandmuller, presidente do Conselho Pontifício das Ciências Históricas, segundo explicou à Agência Zenit o próprio autor.

Com o título “O holocausto na Eslováquia e a Igreja Católica”, o livro acaba de ser publicado pela Livraria Editorial Vaticana e constitui um documento de referência indispensável na análise de um dos períodos mais negros da História da humanidade.
O autor analisa, através de minuciosa investigação histórica e da contribuição de documentos inéditos, a postura da Igreja Católica, em geral, e da Santa Sé, em particular, face à perseguição levada a cabo contra a população judaica na Eslováquia, durante os anos de 1939 a 1945.
“ Ao falar da reacção da Igreja Católica, faço uma distinção entre a da Igreja na Eslováquia e o Papa, isto é, a Santa Sé”, esclareceu D. Walter Brandmuller.
“Pelo que diz respeito à reacção dos bispos, do clero e dos fiéis eslovacos, é interessante observar que esteve por um lado presente um certo mal-estar para com a influência (considerada excessiva) da parte judaica da população sobre a vida económica da Eslováquia; e como, por outro lado, saiu-se desta atmosfera para ir a favor dos judeus quando foram introduzidas as perseguições.
Sobre as novidades históricas trazidas por este novo livro sobre a questão judaica D.Brandmuller garantiu que “ pela primeira vez se apresentam, sob forma de tradução e de documentos originais, os textos dos comunicados dos bispos eslovacos. Também foi possível analisar as recopilações de documentos do Arquivo da Congregação para as questões eclesiais extraordinárias, ainda não disponíveis para a publicação”, entre outros documentos de grande importância.
Quanto à política que o Papa Pio XII e a Santa Sé adoptaram frente aos perseguidos, D.Brandmuller afirmou que “essa política consistiu em influenciar no governo eslovaco, através das vias diplomáticas, a fim de impedir a perseguição dos judeus e, em particular, para impedir as deportações aos campos de extermínio na Polónia.
Nisto a diplomacia vaticana desempenhou, sob o cardeal secretário de Estado Maglio e depois da sua morte (em 1944) sob a responsabilidade do cardeal Tadini, um papel excelente.”

Fonte Ecclesia

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