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Missa Perante 250 Mil Peregrinos em Loreto
2004-09-06 16:46:59

O Papa João Paulo II, 84 anos, celebrou ontem, perante 250 mil pessoas e sob um calor intenso, uma missa durante a qual beatificou três antigos membros da Acção Católica (AC) e que decorreu no santuário de Nossa Senhora do Loreto, no centro leste de Itália.

Uma ocasião aproveitada também para rezar pelas vítimas da tragédia na escola de Beslan, na Rússia.

A doença e a fragilidade - muito visíveis na viagem papal a Lourdes (França), a 14 e 15 de Agosto - não perturbaram as quase três horas de celebração. O Papa leu quase toda a sua homilia (deixou uma parte para um cardeal), mas, em alguns momentos, a voz de João Paulo II acusou o esforço e era de difícil compreensão, conforme relatam as agências.

"A vós, leigos, cabe testemunhar a fé através das vossas qualidades específicas: a fidelidade e a ternura na família, a competência no trabalho, a tenacidade no serviço ao bem comum, a solidariedade nas relações sociais, a criatividade em empreender obras úteis à evangelização e à promoção humana", afirmou o Papa polaco, dirigindo-se aos membros da Acção Católica.

A AC é um dos mais importantes movimentos católicos do século XX que, na Itália, agrega mais de 400 mil pessoas e vive uma fase de renovação. Também activa nos países de Leste, a AC usa um método - a "revisão de vida" - que leva os seus membros a confrontarem a vida pessoal e a realidade com os textos do evangelho.

Durante a noite, milhares de jovens acamparam junto do lugar onde João Paulo II aterrou de helicóptero, aclamando-o depois, à sua passagem, antes da celebração da missa. "É uma pessoa muito carismática, é mais jovem que alguns de nós. Demonstra-o pela sua vitalidade", dizia um dos voluntários, Andrea, 27 anos, citado pela AFP.

A missa começou um pouco atrasada, por causa do tempo necessário para o Papa descer do automóvel que o transportou e chegar ao altar. O coro teve que repetir o mesmo cântico três vezes e havia já alguma inquietação entre a assistência e o clero. O Papa sofre de Parkinson e tem que receber tratamentos em intervalos de tempo cada vez mais curtos, cuja eficácia não ultrapassa as três ou quatro horas, de acordo com fontes médicas citadas pelas agências.

Com as três beatificações de ontem - os italianos Alberto Marvelli (1918-46) e Pina Suriano (1915-50) e o médico catalão Pere Tarres i Claret (1905-50), todos eles membros da AC mortos prematuramente e que dedicaram a sua vida aos mais pobres - passou a um total de 1333 o número de beatificações já feitas por João Paulo II, enquanto as canonizações são já 482.

Fonte Público

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