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Aborto provocado por meios químicos
2001-04-01 14:43:11

Para a Igreja Católica, a consequência da pílula do dia seguinte não é outra coisa senão um aborto através de meios químicos. A posição foi assumida pela Academia Pontifícia para a Vida, em 31 de Outubro, dias depois de o produto ter sido posto à venda em Itália.

Aquela instituição do Vaticano explica que a pílula do dia seguinte é um preparado hormonal que, tomado nas 72 horas após uma relação presumidamente fecunda, desencadeia um processo "antinidatório", ou seja, impede que o eventual óvulo fecundo - "que é um embrião humano", sublinha-se - se implante na parede uterina. O resultado será a expulsão e a perda desse embrião.

Defendendo que o óvulo fecundado é já um indivíduo humano, a Academia discorda que se lhe atribua "uma discriminação de valores nas diversas fases do seu desenvolvimento". Neste sentido, considera que a acção "antinidatória" é, "na realidade, um aborto provocado quimicamente". E frisa: "Não é cientificamente justificável afirmar-se que não se trata da mesma coisa."

Nesta ordem de ideias, defende que "eticamente, a ilegalidade absoluta de se proceder a essas práticas de abortamento subsiste igualmente pela difusão, prescrição e uso" do produto referido. Como tal, considera que "todos aqueles que cooperam directamente num tal processo, com ou sem intenção, são igualmente responsabilizados de um ponto de vista moral".

Esta é, em suma, a posição da Igreja Católica acerca da chamada pílula do dia seguinte. Nela se fundamentam os denominados movimentos pró-vida conotados com a instituição eclesial.

No entanto, para além dos valores professados por cada um, derivado das convicções, que podem ser ou não religiosas, a pílula do dia seguinte tem subjacente uma problemática de difícil resolução unânime. E a questão é: em que momento começa a vida humana? Como a ciência e a filosofia se mostram impotentes em chegarem a um acordo, somam-se os ignaros que pensam ser tudo isto um debate da padralhada, e dos outros.

Fonte DN

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